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Baleia-jubarte morta em Itanhaém levanta alerta sobre redes de pesca

Especialistas do Instituto Biopesca investigam a morte da baleia-jubarte, que pode ter sido causada por redes de pesca

Necropsia revela que a baleia-jubarte era uma fêmea jovem; amostras foram coletadas para análise laboratorial - Foto: Instituto Biopesca

Gabriel Nubile Publicado em 16/06/2025, às 09h03

Uma baleia-jubarte foi encontrada sem vida na praia do Jardim Suarão, em Itanhaém, já em avançado estado de decomposição. O que mais chamou a atenção dos especialistas foi a presença de sinais claros de interação com rede de pesca no animal, conforme apontado pelo Instituto Biopesca. A Prefeitura de Itanhaém ficou responsável pela complexa tarefa de remover a carcaça da praia.

O Instituto Biopesca, em comunicado, informou que o acionamento sobre o encalhe da baleia ocorreu na manhã do último sábado (14). Rapidamente, uma equipe da instituição se deslocou até o Jardim Suarão e isolou a área para avaliação. Esse trabalho faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), um programa ambiental estruturado pela Petrobras.

Detalhes da espécie e exame de necropsia

A baleia, identificada como sendo da espécie Megaptera novaeangliae (baleia-jubarte), apresentava um avançado estado de decomposição quando foi encontrada. Durante o exame de necropsia, realizado ali mesmo na praia, a equipe do Biopesca confirmou que se tratava de uma fêmea jovem. As marcas visíveis de interação com rede de pesca levantaram a suspeita de que esse envolvimento pode ter contribuído para a morte do animal.

Apesar da análise detalhada no local, não foi possível identificar a causa exata da morte da baleia. Para tentar desvendar o mistério, amostras foram colhidas e serão enviadas para análise laboratorial. O resultado dessas investigações pode trazer mais informações sobre o que levou ao óbito dessa majestosa criatura marinha.

A remoção da carcaça do animal da praia ficou a cargo da Prefeitura de Itanhaém, que coordenou os trabalhos necessários para o descarte adequado. Casos como este servem de alerta para os riscos que as redes de pesca representam para a vida marinha, reforçando a importância de práticas pesqueiras mais sustentáveis e da fiscalização para a proteção dos oceanos e seus habitantes

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