Após ser perseguida e beijada sem consentimento, a vítima busca ajuda e registra boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher
Gabriella Souza Publicado em 14/10/2025, às 13h05
Uma funcionária de supermercado na Praia Grande denunciou o colega de trabalho por assédio após comentários de teor sexual, perseguição e ações sem consentimento.
A mulher de 43 anos afirma que o homem passou a persegui-la no ambiente de trabalho e persistir em investidas que se tornaram insistentes e invasivas, como beijo no rosto sem permissão.
Após esse episódio, ela decidiu buscar ajuda junto à chefia do supermercado, quando uma reunião foi promovida entre os funcionários para alertas de comportamento. Além disso, o RH da empresa foi acionado, mas o caso não foi levado a diante por falta de provas. Assim, as atitudes inadequadas continuaram.
Abalada, a vítima falou da situação ao seu marido, o qual também denunciou para o grupo de ética do estabelecimento. Após isso, ela se afastou das atividades para não manter contato com o homem. Assim, foi aberto um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande.
Internamente, o supermercado teria arquivado e concluído a ocorrência sem nenhum desfecho. E também, segundo a mulher, ela passou a ser questionada por superiores da empresa sobre o envolvimento do marido na denúncia.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a vítima foi ouvida e recebeu orientações sobre o prazo para legalizar e formalizar a representação criminal, necessária para crimes de ação penal condicionada.
No final, o caso foi inicialmente registrado como injúria mas poderá mudar a definição após o andamento de provas.