Acusado de aplicar 'golpe do amor' em mais de 50 mulheres é preso em Santos

Ele se apresentava como um herdeiro rico, um fazendeiro de sucesso ou um investidor de criptomoedas. Com essa fachada, Matheus Rodelo Monteiro Machado, de 27 anos, é acusado de aplicar o "golpe do amor" em mais de 50 mulheres por todo o Brasil. A carreira de estelionatário, no entanto, foi interrompida em Santos, na noite da última quarta-feira (08).

Após um trabalho de investigação que durou 14 horas, policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais de Santos localizaram e prenderam Matheus na Avenida Epitácio Pessoa, no bairro Aparecida. A prisão foi realizada com base em um mandado expedido pela Justiça de Caraguatatuba. Segundo a polícia, o suspeito se recusou a assinar a ordem de prisão, mas foi levado para a cadeia do 5º DP de Santos, onde permanece detido.

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O modo de agir de Matheus era sempre o mesmo. Ele usava sua falsa identidade de homem rico e bem-sucedido para se aproximar das vítimas, geralmente em aplicativos de relacionamento. Com falsas promessas de casamento, filhos e uma vida de luxo, ele ganhava a confiança e o afeto das mulheres.

Assim que o laço emocional era estabelecido, ele começava a pedir dinheiro, inventando as mais diversas histórias e necessidades. A polícia destaca que, além do crime de estelionato, ele também cometia violência psicológica, pois as vítimas, ao descobrirem que tudo não passava de um golpe, ficavam com um sentimento de humilhação e vergonha.

No momento da prisão, os agentes encontraram com Matheus dois celulares, 11 cartões bancários, alguns medicamentos de uso psicológico e um carro que estava em nome de outra pessoa. Todo o material foi apreendido e será usado na investigação para desvendar a real dimensão do esquema.

A advogada de Matheus, Bianca Campos Ferreira, afirmou em nota que considera a prisão de seu cliente "ilegal e desproporcional". Ela disse que a defesa ainda não teve acesso a todo o conteúdo da investigação, mas que confia na inocência do investigado e que irá prová-la, alertando para o risco de um "pré-julgamento injusto e midiático".