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Adolescente de 16 anos de Mongaguá é internada em estado grave com suspeita de metanol

Sete casos suspeitos de intoxicação por metanol estão em investigação na Baixada Santista

As autoridades de saúde alertam para os riscos do metanol e recomendam que qualquer sintoma após consumo de bebidas destiladas leve a uma busca por atendimento - Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itanhém
As autoridades de saúde alertam para os riscos do metanol e recomendam que qualquer sintoma após consumo de bebidas destiladas leve a uma busca por atendimento - Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itanhém

Gabriel Nubile Publicado em 08/10/2025, às 10h32


A preocupação com os casos de intoxicação por metanol na Baixada Santista aumentou nesta terça-feira (07), com a atualização do governo do estado que aponta para um total de sete casos suspeitos em investigação na região. A situação mais grave é a de uma adolescente de 16 anos, moradora de Mongaguá, que está internada em estado grave na UTI com suspeita de envenenamento pela substância.

A jovem foi inicialmente atendida na UPA de sua cidade, mas, com a piora em seu estado de saúde, precisou ser transferida para a UTI do Hospital Regional de Itanhaém. Curiosamente, a prefeitura de Mongaguá informou que a suspeita de intoxicação por metanol no caso dela já havia sido descartada, mas foi reaberta após a evolução negativa do quadro clínico. Um novo exame foi solicitado, mas, por precaução, o hospital já requisitou o antídoto específico para o tratamento.

Caso da adolescente e a corrida pelo antídoto

Ainda não há informações sobre o que a adolescente teria ingerido ou onde ela pode ter sido exposta ao metanol. Enquanto isso, outras cidades da região também monitoram seus próprios casos suspeitos, em um cenário que às vezes apresenta informações desencontradas entre os municípios e o estado.

Em São Vicente, por exemplo, o estado contabiliza dois casos, mas a prefeitura confirma apenas um, o de uma mulher de 31 anos que já recebeu alta e é acompanhada em casa enquanto aguarda os resultados dos exames. Em Cubatão, uma paciente de 36 anos que estava na UTI em coma alcoólico pediu para sair do hospital e foi liberada na última sexta-feira. Já em Santos, a prefeitura afirma que o único caso suspeito da cidade já foi descartado por exames, embora ele ainda conste na lista de investigações do estado. A cidade, no entanto, já fez uma compra de emergência do antídoto para ter em estoque. O balanço estadual aponta ainda para dois casos em investigação em Praia Grande.

O metanol é um álcool industrial extremamente tóxico, e seu consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode causar sequelas graves como cegueira, danos ao sistema nervoso, coma e até a morte. As autoridades de saúde reforçam o alerta para os sintomas: náuseas, tontura, dor de barriga e, principalmente, qualquer alteração na visão após o consumo de bebidas destiladas. A recomendação é procurar um hospital imediatamente.