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Após internação na UTI, exame confirma que jovem de Mongaguá foi intoxicada por metanol

Adolescente de 16 anos está internada em estado grave após intoxicação por metanol, confirmada pela prefeitura de Mongaguá

Inicialmente descartada, a intoxicação por metanol foi confirmada após piora do quadro da jovem, que segue na UTI - Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itanhaém
Inicialmente descartada, a intoxicação por metanol foi confirmada após piora do quadro da jovem, que segue na UTI - Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itanhaém

Gabriel Nubile Publicado em 15/10/2025, às 09h28


Internada em estado grave na UTI do Hospital Regional de Itanhaém desde o final de setembro, o mistério sobre a doença de uma adolescente de 16 anos, moradora de Mongaguá, chegou ao fim. A prefeitura da cidade confirmou, na última terça-feira (14), o que os médicos já suspeitavam, a jovem foi intoxicada por metanol. Este é o primeiro caso confirmado na Baixada Santista em meio à atual crise de saúde pública que atinge o estado.

O diagnóstico foi fechado com base na combinação dos sintomas apresentados pela paciente com o resultado positivo de um exame de urina. Segundo a prefeitura, o estado de saúde da adolescente continua grave, com prognóstico incerto, e ela segue recebendo cuidados intensivos na UTI.

A confirmação do caso da jovem acende um alerta ainda maior na região, que, segundo o balanço mais recente do governo do estado, ainda investiga outras três suspeitas de intoxicação por metanol: uma em Santos, uma em São Vicente e outra em Praia Grande.

Um caso que chegou a ser descartado

A trajetória do caso da adolescente de Mongaguá mostra a dificuldade em diagnosticar o envenenamento. Ela deu entrada na UPA da cidade no dia 28 de setembro. Inicialmente, a suspeita de intoxicação por metanol chegou a ser descartada. No entanto, com a piora rápida de seu estado de saúde, ela precisou ser transferida para a UTI em Itanhaém, e a investigação foi reaberta.

Diante da gravidade do quadro, a equipe médica solicitou um novo exame e, mesmo antes do resultado, já pediu o envio do antídoto específico para o tratamento, como medida de precaução. Infelizmente, o exame confirmou a presença da substância tóxica. Ainda não se sabe como ou onde a jovem foi exposta ao metanol.

O metanol é um álcool industrial usado em solventes, altamente tóxico e que, quando ingerido, pode causar danos irreversíveis como cegueira, além de falência de órgãos, coma e morte. As autoridades de saúde reforçam o alerta para os sintomas: náuseas, tontura, dor de cabeça e, principalmente, qualquer alteração na visão, como vista turva. A orientação é procurar um hospital imediatamente ao sentir qualquer um desses sinais após o consumo de bebidas destiladas.