Biólogos e especialistas destacam os perigos desses caravelas e alertam sobre medidas de segurança
Maria Clara Campanini Publicado em 27/11/2024, às 15h44
Em um recente evento no litoral de São Paulo, especificamente na cidade de Peruíbe, foi registrado o aparecimento de diversas caravelas-portuguesas (Physalia physalis), organismos marinhos conhecidos por sua perigosa toxicidade. O biólogo Fábio Barata, que liderava um grupo de observadores de aves no local, documentou a presença dessas criaturas. A maioria das caravelas avistadas estava sem vida.
Esses organismos, que são frequentemente confundidos com águas-vivas, possuem uma estrutura flutuante semelhante a uma bolsa gasosa e tentáculos submersos capazes de liberar toxinas potentes, causando queimaduras severas. O biólogo marinho Eric Comin alertou para a necessidade de vigilância ao entrar no mar, enfatizando a importância de se manter à distância caso esses animais sejam avistados.
As observações ocorreram entre as praias do Guaraú e das Ruínas durante um fim de semana recente. Barata relatou ter encontrado entre 20 a 25 caravelas em um único dia. Entre os participantes do grupo, estava Roberto Souza, policial rodoviário aposentado, que capturou imagens de uma ave vira-pedras próxima a uma caravela.
Essas aves são conhecidas por buscar alimento sob pedras, e Souza questionou Barata sobre a interação entre a ave e as caravelas. Barata explicou que a ave consome microorganismos presentes nos tentáculos das caravelas.
A caravela-portuguesa é encontrada em regiões tropicais dos oceanos e é composta por uma colônia de pólipos interdependentes. Em caso de contato com esses animais, recomenda-se não lavar a área afetada com água doce ou esfregá-la.
O biólogo Alex Ribeiro esclareceu que as caravelas-portuguesas são cnidários, parentes próximos das águas-vivas e anêmonas-do-mar. Ele destacou que os tentáculos das caravelas são mais urticantes do que os das águas-vivas. A presença desses organismos nas praias é mais comum nesta época do ano devido às correntes marítimas e ventos predominantes, coincidentemente quando o fluxo de banhistas também aumenta.
A comunidade local e visitantes são aconselhados a permanecer atentos e informados sobre os riscos associados ao contato com essas criaturas marinhas para garantir a segurança durante o lazer nas praias da região.
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