Economia

Comércio cresce 0,5% e anima setor de vendas

O setor de vendas bate recorde no mês de setembro, registrando o maior número de 2024

Comércio cresce 0,5% e anima setor de vendas - Imagem: Reprodução/ Elza Fluza/ Agência Brasil
Comércio cresce 0,5% e anima setor de vendas - Imagem: Reprodução/ Elza Fluza/ Agência Brasil

Maria Clara Campanini Publicado em 12/11/2024, às 12h24


As vendas no comércio varejista brasileiro registraram um aumento de 0,5% na transição de agosto para setembro, conforme revela a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (12). Este crescimento eleva o setor ao patamar mais alto já observado na série histórica, equiparando-se ao nível alcançado em maio de 2024.

Esse resultado positivo reverte a tendência negativa observada anteriormente, quando houve uma queda de 0,2% entre julho e agosto. Em uma análise anual, comparando com setembro de 2023, o setor apresentou um avanço de 2,1%, enquanto no acumulado de 2024, as vendas cresceram 4,8%. Observando os últimos 12 meses, o comércio registra um crescimento de 3,9%. No terceiro trimestre de 2024, houve um incremento de 0,3% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. Comparado ao terceiro trimestre de 2023, a expansão foi de 4%.

A análise por atividades mostra que quatro dos oito segmentos pesquisados tiveram desempenho positivo: outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram 3,5%; combustíveis e lubrificantes avançaram 2,3%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria subiram 1,6%; e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram alta de 0,3%. Em contrapartida, móveis e eletrodomésticos caíram 2,9%; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuaram 1,8%; tecidos, vestuário e calçados diminuíram 1,7%; e livros, jornais, revistas e papelaria sofreram queda de 0,9%.

O IBGE destaca que ao longo do ano, as vendas em supermercados e de artigos farmacêuticos têm sido pilares do crescimento no comércio. Supermercados representam a maior parte do índice da pesquisa com um peso de 55,6%, seguidos pelos artigos farmacêuticos com 11%, perdendo apenas para combustíveis e lubrificantes. O texto conta com informações da Agência Brasil.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, considera o resultado "bastante expressivo", ressaltando que ele retira o comércio brasileiro de uma fase de estabilidade em um nível já elevado. "Estamos circulando em torno desse recorde desde maio", afirma Santos. Ele atribui o bom desempenho a fatores como o aumento do crédito ao consumidor, maior número de pessoas empregadas e crescimento da massa salarial dos trabalhadores.

Adicionalmente, os dados do varejo ampliado — que inclui veículos e motos; materiais de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios — indicam um crescimento ainda mais robusto de 1,8% entre agosto e setembro. Esse índice supera o pico anterior da série histórica registrado em agosto de 2013. A concessão de crédito para aquisição de veículos foi um fator determinante neste cenário favorável.

Na comparação com setembro do ano anterior, o varejo ampliado cresceu 3,9%, acumulando um ganho de 3,8% nos últimos 12 meses.