Conheça a família do motociclista morto por caminhoneiro bêbado

Um grave acidente na Rodovia Rio-Santos (SP) resultou na prisão do caminhoneiro Roberval José Sebastião, de 36 anos, após ele dirigir na contramão e causar a morte de Rafael da Silva Oliveira, um motociclista de 33 anos. O incidente, que ocorreu no dia 22 de setembro, envolveu outros oito veículos e deixou um rastro de destruição e pânico entre os motoristas.

Imagens capturadas por câmeras de segurança mostram o caminhão dirigido por Sebastião trafegando em alta velocidade na contramão, causando pânico entre os condutores que utilizavam a rodovia para acessar o litoral paulista. Erineide Andrade Santos, uma moradora de São Paulo de 55 anos, relatou o terror vivido durante o retorno de um passeio em Bertioga. "Eu nunca vi isso na vida. Foi um horror e um livramento não ter o carro atingido", declarou Erineide, ainda abalada com o episódio.

Erineide contou, que estava com sua família quando se depararam com o caminhão desgovernado. Seu filho, que dirigia o veículo, precisou jogar o carro para o acostamento para evitar uma colisão direta. "Foi um acidente bem feio mesmo. Um horror. E muito triste o que houve", lamentou.

Advogado acusa Tiago Cervantes de fraudar licitações na Prefeitura de Itanhaém

Operação em Peruíbe resulta em quatro prisões por furto de energia elétrica e desvio de redes

De acordo com informações da Polícia Militar Rodoviária, o caminhoneiro foi avistado dirigindo perigosamente por volta das 17h40 na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, sentido Cubatão. Após colidir com dois veículos no quilômetro 268, ele acessou a Rio-Santos em alta velocidade e ignorou as ordens de parada da polícia, culminando em mais colisões e no atropelamento fatal do motociclista Rafael da Silva Oliveira. A namorada de Rafael, Carolina Rebouças, que também estava na motocicleta, foi socorrida em estado grave, mas sobreviveu.

O histórico de infrações de Roberval é extenso e preocupante. Entre janeiro de 2020 e outubro de 2023, ele acumulou 25 multas por diversas infrações graves, incluindo dirigir sob efeito de drogas e álcool. Em outubro deste ano, ele já havia sido preso por dirigir em alta velocidade e não obedecer a ordens policiais na Rodovia Anhanguera.

Roberval confessou à polícia que fazia uso de cocaína no momento do acidente e alegou estar sob forte estresse emocional devido a problemas pessoais. Apesar disso, ele teve sua habilitação suspensa apenas temporariamente e recebeu a licença novamente após um acordo judicial.

O g1 entrevistou Carolina Rebouças sobre o trágico evento que ceifou a vida de seu namorado e destacou a revolta e indignação da família da vítima frente à impunidade aparente do motorista infrator.

A reportagem tentou contato com a defesa de Roberval José Sebastião, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.