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Cubatão é destaque na COP 30 e Baixada Santista corre para zerar a emissão de carbono até 2050

Cidade lidera esforços para reduzir gases do efeito estufa e entrar no mercado de carbono

Com forte logística portuária, a Baixada Santista busca se tornar referência em sustentabilidade e neutralidade de carbono no Brasil - Foto: Arquivo PMC
Com forte logística portuária, a Baixada Santista busca se tornar referência em sustentabilidade e neutralidade de carbono no Brasil - Foto: Arquivo PMC

Gabriella Souza Publicado em 29/10/2025, às 13h44


A região da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, estabeleceu um objetivo importante: zerar a emissão de carbono até o ano de 2050, seguindo o mesmo planejamento de descarbonização do governo estadual. Essa jornada ganha um reforço de peso com a cidade de Cubatão, que terá um papel de destaque na mobilização ambiental durante a COP 30, a grande conferência do clima que será realizada em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro.

O fato de Cubatão ser o único município da Baixada Santista com presença garantida na agenda oficial da COP 30 indica o quanto a região está séria em relação à redução dos gases que causam o efeito estufa (GEE) e na entrada no chamado mercado de carbono.

Sustentabilidade na região 

Em virtude de sua forte logística portuária e por abrigar um setor importante de óleo e gás, o litoral tem um papel central nessa mudança. Aliás, de acordo com informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o Polo Industrial de Cubatão, sozinho, é responsável por cerca de 7% das emissões industriais de GEE em todo o estado de São Paulo.

É por isso que a participação ativa da cidade nesse movimento de neutralização a coloca como referência na área de “carbono zero” para toda a Baixada Santista. O esforço é vital para ajudar o Brasil a cumprir seu compromisso de diminuir suas emissões em até 67% até 2035.

Mudanças

O que a neutralidade de carbono significa? Basicamente, é quando a quantidade de gases que você emite na atmosfera é igual à quantidade que você consegue remover.

A mudança rumo à sustentabilidade envolve a participação no mercado de carbono. Essa é uma ferramenta que existe no mundo todo e que transforma a redução dos gases poluentes em algo que pode ser comprado e vendido. Simplificando: quem polui menos, ganha créditos.

No primeiro semestre deste ano, ocorreu a terceira edição da “Jornada de Descarbonização”. Esse encontro reuniu grandes indústrias, instituições e o governo para discutir o assunto e lançou, justamente, essa meta para toda a Baixada Santista. O evento deixou claro que os problemas trazidos pelo aquecimento do planeta, como as grandes enchentes, tornam a busca por um desenvolvimento sustentável algo urgente e essencial.

Apoio para indústrias

O programa do governo de São Paulo oferece suporte e ajuda técnica para as micro e pequenas indústrias. O objetivo é aprimorar os processos internos, gastar menos energia e adotar tecnologias que sejam mais limpas para o meio ambiente.

Ao se conectar com a COP 30, a iniciativa da Baixada Santista ganha um peso maior e se alinha com o plano mundial. A região se posiciona, então, como um exemplo prático de como essa transformação pode sair do papel aqui no litoral paulista.