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Derrite critica fala de Lula sobre traficantes: "Pensamento da esquerda"

Secretário de Segurança Pública de São Paulo critica a declaração de Lula sobre traficantes serem vítimas dos usuários de drogas

Guilherme Derrite afirma que a retratação de Lula é uma manobra política que não muda a visão da esquerda sobre criminalidade - Foto: Rádio CBN Santos
Guilherme Derrite afirma que a retratação de Lula é uma manobra política que não muda a visão da esquerda sobre criminalidade - Foto: Rádio CBN Santos

Gabriel Nubile Publicado em 28/10/2025, às 13h17


O Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, criticou duramente a recente declaração do presidente Lula, que afirmou que traficantes seriam vítimas dos usuários de drogas. Para Derrite, a fala reflete o que ele considera ser o pensamento da esquerda e do PT sobre a criminalidade. A análise foi feita em entrevista exclusiva à Rádio CBN Santos nesta terça-feira (28).

Segundo o secretário, a retratação de Lula foi uma manobra política após a repercussão negativa, mas não muda a essência da visão que ele atribui à esquerda. “Eles acham mesmo que bandido, que traficante é um coitadinho, vítima da sociedade. E não são”, afirmou Derrite. Ele relembrou outra fala do presidente, sobre jovens que roubariam celulares “para tomar uma cervejinha”, como evidência desse pensamento.

“Esse é o pensamento da esquerda. Eles acham que bandido é um coitadinho, vítima da sociedade, e não é. O criminoso decide racional. Enquanto não encarecermos o custo do crime, com aumento de penas e uma mudança real na execução penal, o cenário da segurança pública não vai mudar. Não adianta o criminoso ser condenado a 20 anos e cumprir um ano e meio para já estar na rua novamente.”, disse o Secretário.

Derrite argumentou que a visão de que o crime é somente um problema social está equivocada e defendeu a aplicação da “teoria econômica do crime”, na qual o criminoso decidiria racional ao cometer um delito. Para ele, a solução para a segurança pública passa por “encarecer o custo do crime”, com o aumento das penas e, principalmente, uma mudança na execução penal, evitando que condenados retornem rapidamente às ruas.

O secretário classificou a fala original de Lula como um desrespeito às famílias que lutam contra a dependência química de seus parentes. Ele concluiu afirmando que, enquanto não houver um governo que aplique “tolerância zero” e entenda de combate ao crime organizado, o cenário da segurança pública no país não mudará significativamente.

Confira a entrevista na íntegra: