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Inspirada em São Paulo, São Vicente implantará faixa azul para motociclistas

Com previsão de início em novembro, projeto busca aumentar a segurança dos motociclistas nas ruas

Faixas azuis funcionam como corredores de segurança, beneficiando motoboys e motoristas de aplicativo - Foto: Prefeitura de SP/ SECOM
Faixas azuis funcionam como corredores de segurança, beneficiando motoboys e motoristas de aplicativo - Foto: Prefeitura de SP/ SECOM

Gabriel Nubile Publicado em 09/10/2025, às 09h30


Inspirada nos bons resultados vistos na capital, onde a medida ajudou a reduzir drasticamente o número de acidentes fatais com motos, a Prefeitura de São Vicente anunciou que também irá implementar as "faixas azuis" exclusivas para motociclistas. O projeto visa organizar o trânsito e aumentar a segurança para os pilotos, que são um dos grupos mais vulneráveis nas ruas.

A primeira fase do projeto já tem data para começar: a previsão é de que os primeiros 4 quilômetros de faixas sejam pintados na primeira quinzena de novembro. Os locais escolhidos para o início da implantação são trechos de grande movimento de motos: a orla da Praia do Itararé, nos dois sentidos, e um trecho da Avenida Marechal Deodoro. A prefeitura já informou que outros pontos da cidade estão sendo estudados para uma futura ampliação da medida.

Como funcionam e quem se beneficia?

A faixa azul funciona como um corredor de segurança para as motos. Ela é pintada no asfalto, entre as faixas de rolamento dos carros, criando um espaço delimitado para que os motociclistas possam transitar com mais segurança, especialmente em meio ao trânsito pesado. O objetivo é diminuir as colisões laterais, que são um dos tipos de acidente mais comuns e perigosos envolvendo motos e carros.

A iniciativa deve beneficiar todos os motociclistas, mas o foco principal é dar mais segurança para quem usa a moto como instrumento de trabalho, como motoboys e motoristas de aplicativo. A prefeitura argumenta que, ao organizar o fluxo das motos, a medida também traz mais segurança para os motoristas de carro, passageiros e pedestres.

A decisão de São Vicente se baseia no sucesso do projeto em São Paulo. Na capital, onde a primeira faixa azul foi inaugurada há três anos na movimentada Avenida 23 de Maio, a CET registrou uma queda de 47% no número de mortes de motociclistas nos trechos que receberam a sinalização. A iniciativa de São Vicente também se antecipa a um estudo do Ministério dos Transportes, que planeja expandir as motofaixas para todo o país.