Vera Silva, de 59 anos, teve queimaduras de segundo grau após pisar em fio energizado em São Paulo, resultando em briga na justiça

Gabriel Nubile Publicado em 16/10/2025, às 11h26
O pé de uma mulher de 59 anos, moradora de Santos, literalmente pegou fogo após ela pisar em um fio elétrico solto e sem sinalização em uma calçada em São Paulo. O acidente, que aconteceu em fevereiro de 2024, resultou em uma queimadura de segundo grau e deu início a uma batalha judicial que só agora chegou ao fim. A empresa de energia responsável pelo fio foi condenada pela Justiça de Santos a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à vítima.
A mulher, Vera Silva, estava na capital a trabalho e tinha saído para almoçar com colegas quando o acidente aconteceu. Ela caminhava por uma calçada na Praça Liberdade quando pisou no fio energizado. A descarga elétrica foi tão forte que incendiou seu calçado e queimou seu pé. O que mais revoltou a vítima foi a falta de avisos. Segundo ela, a única sinalização no local era uma placa de "piso molhado", que teria sido colocada por um comerciante próximo depois que ela já havia se acidentado.
A condenação saiu em novembro de 2024, mas a empresa de energia recorreu da decisão. Após a análise dos recursos, a Justiça manteve a sentença e o pagamento da indenização foi finalmente realizado em agosto deste ano.
Falha grave e negligência
Na decisão, o juiz Daniel Ribeiro de Paula, da 11ª Vara Cível de Santos, foi duro nas palavras. Ele considerou que deixar um fio elétrico exposto e sem nenhuma sinalização adequada em uma via pública foi uma "falha grave na prestação do serviço" e demonstrou "negligência em garantir um ambiente seguro para a circulação de pessoas". Para o magistrado, o dever da empresa de indenizar a vítima era claro.
Durante o processo, a companhia de energia tentou se defender, negando a responsabilidade e alegando que a culpa poderia ser da própria vítima ou de terceiros, que teriam danificado uma suposta sinalização que existia no local. O argumento, no entanto, não foi aceito pelo juiz.
O acidente aconteceu apenas quatro dias antes de a mulher entrar de férias, o que acabou com seus planos de descanso. Agora, ela espera que seu caso sirva de alerta para que outras pessoas fiquem mais atentas ao andar pelas ruas, especialmente perto de obras que envolvam eletricidade. Ela destacou que se o acidente tivesse acontecido com uma criança ou um idoso, as consequências poderiam ter sido ainda mais graves.
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