SANTOS

MP-SP denuncia motorista por homicídio após avançar sinal vermelho e matar motociclista

Incidente ocorreu no cruzamento das Ruas Álvaro Alvim e Conselheiro Lafayette, no bairro Embaré

Incidente ocorreu no cruzamento das Ruas Álvaro Alvim e Conselheiro Lafayette, no bairro Embaré, em Santos - Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal e Ariane Andrade/ g1
Incidente ocorreu no cruzamento das Ruas Álvaro Alvim e Conselheiro Lafayette, no bairro Embaré, em Santos - Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal e Ariane Andrade/ g1

Alanis Ribeiro Publicado em 07/11/2024, às 10h06


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia contra João Pedro Donatone, de 19 anos, em razão de um acidente fatal que envolveu o motociclista Caetano Ribeiro Aurungo, de 21 anos, no dia 19 de outubro. O incidente ocorreu no cruzamento das Ruas Álvaro Alvim e Conselheiro Lafayette, no bairro Embaré, em Santos.

De acordo com a Promotoria, João Pedro assumiu o risco ao avançar o sinal vermelho, o que resultou na colisão fatal com Caetano. O MP-SP solicita que o jovem seja levado a júri popular. Caetano Ribeiro faleceu no local do acidente, enquanto João Pedro não sofreu ferimentos. 

Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) indicaram a presença de álcool no organismo de João Pedro, apesar de o teste inicial ter dado negativo para embriaguez. Após ser detido em flagrante, João Pedro passou por audiência de custódia e foi liberado provisoriamente mediante o pagamento de uma fiança de R$ 42 mil. 


O Ministério Público não só busca a condenação de João Pedro por homicídio doloso eventual (quando se assume o risco de matar), mas também pleiteia uma indenização mínima de R$ 100 mil aos familiares da vítima. Inicialmente, o caso foi enquadrado como homicídio culposo (sem intenção de matar), mas foi reclassificado pela Polícia Civil após a análise de imagens que mostram o veículo avançando o sinal vermelho em alta velocidade.

Durante depoimento à polícia, João Pedro admitiu ter ingerido álcool antes do acidente, relatando ter consumido uma dose de uísque em uma casa noturna. Contudo, ele negou estar sob efeito significativo do álcool ou de drogas. A delegada responsável pelo caso destacou a resistência do acusado em realizar o teste do bafômetro no momento da colisão.

A defesa de João Pedro argumenta que a denúncia é prematura e insiste na inocência do cliente em relação à acusação de dolo eventual. Enquanto isso, a família de Caetano Ribeiro Aurungo clama por justiça e acompanha de perto os desdobramentos do caso.

Caetano era estudante de Engenharia da Computação e morava com os avós paternos em Santos. Conhecido por ser reservado e dedicado aos estudos, além de curtir momentos de lazer com os amigos, seu falecimento representa uma grande perda para seus familiares, que ainda estão lidando com a recente morte do pai do jovem.