GUARUJÁ

Mulher que matou marido ganha liberdade provisória; "Ele me chamou de lixo", disse

Caso aconteceu após ela reagir ao ser abraçada pelas costas pelo companheiro de forma "suspeita" no domingo (24)

Caso aconteceu após ela reagir ao ser abraçada pelas costas pelo companheiro de forma "suspeita" no domingo (24) - Imagem: Reprodução/Prefeitura de Guarujá
Caso aconteceu após ela reagir ao ser abraçada pelas costas pelo companheiro de forma "suspeita" no domingo (24) - Imagem: Reprodução/Prefeitura de Guarujá

Alanis Ribeiro Publicado em 29/11/2024, às 11h02


Uma mulher, de 44 anos, que foi presa em flagrante acusada de ter matado o marido, de 46 anos, com uma faca conseguiu a liberdade provisória após audiência de custódia. O caso aconteceu, após ela reagir ao ser abraçada pelas costas pelo companheiro de forma "suspeita" no domingo (24), em Guarujá

Segundo informações apuradas pelo g1 junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o incidente foi registrado no Departamento de Polícia Sede do município.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, além de ter sido abraçada de forma "libidinosa" também a teria insultado, chamando-a de lixo. O tribunal determinou sua soltura sob a condição de comparecimento mensal às autoridades e presença em audiências quando requisitada.

Os detalhes do inquérito policial permanecem sob sigilo, conforme estabelece o artigo 20 do Código de Processo Penal, restringindo o acesso às partes envolvidas e seus advogados. Até o momento, o g1 não localizou a defesa da acusada para comentar o caso.

O crime ocorreu no domingo, dia 24, quando agentes da Guarda Civil Municipal foram chamados à residência do casal na Rua Xingu. Lá, encontraram o homem ferido e caído em frente ao portão da casa. A morte foi confirmada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A mulher relatou à polícia que vivia há 24 anos com a vítima e tinham três filhos. Ela afirmou que o marido retornou para casa embriagado e sob efeito de drogas naquele dia. Em seu depoimento, alegou que a facada foi um ato reflexo durante um abraço inesperado enquanto limpava um peixe na cozinha.

Registros indicam que ela já havia denunciado agressões por parte do companheiro anteriormente e chegou a se abrigar em uma casa de proteção para mulheres. Após o incidente, ela procurou ajuda médica no pronto-socorro do bairro Perequê e contatou a Guarda Civil Municipal, alegando não ter tido intenção de matar o marido.