Operação contra caça ilegal em Miracatu termina com ex-vereador preso

Carcaças congeladas de uma paca, um saruê e um jacu, pesando mais de 6 quilos no total, foram encontradas no freezer da casa de um ex-vereador e atual diretor de escola em Miracatu. A descoberta, feita durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar Ambiental, levou à prisão de Nailson Gonçalves Da Silva, de 41 anos, por crime ambiental e posse ilegal de arma de fogo.

A ação policial foi motivada por uma denúncia anônima, que resultou em um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. Ao chegarem à residência de Nailson, os agentes encontraram um verdadeiro arsenal de caça, além de diversos animais silvestres mortos, prontos para o consumo.

Apesar da gravidade dos crimes, o diretor foi liberado após pagar uma fiança de R$ 4 mil e responderá aos processos em liberdade. Ele também foi multado administrativamente pela Polícia Ambiental em R$ 2.419.

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Animais congelados e arsenal de caça

A vistoria na casa do ex-vereador revelou um cenário de caça predatória. Dentro do freezer, além das carcaças dos animais silvestres, os policiais encontraram pedaços de carne de porco defumada e outras carnes de caça. Em uma edícula no terreno, foram localizadas mais de 50 munições de diferentes calibres e uma incubadora que estava desligada.

A busca continuou pela residência, onde os agentes acharam diversos apetrechos usados para a caça ilegal, incluindo três apitos para atrair animais, bolinhas de chumbo e carregadores de armas. Nailson não tinha nenhuma licença ou autorização para possuir nem as armas, nem as munições e muito menos os animais abatidos, o que configurou o flagrante.

Todo o material foi apreendido e levado para a Delegacia de Miracatu, onde o caso foi registrado. Segundo a Polícia Ambiental, felizmente, os animais encontrados não estão na lista de espécies ameaçadas de extinção, mas a caça continua sendo um crime. A Secretaria Estadual de Educação foi procurada para comentar o caso envolvendo o diretor de escola, mas informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.