Após meses de investigação, polícia descobre galpões com cargas roubadas em Santos, resultando na prisão de um suspeito

Gabriel Nubile Publicado em 15/10/2025, às 11h41
Após meses de investigação, a Polícia Civil de Santos estourou, na última terça-feira (14), um grande esquema de receptação de cargas que eram roubadas da linha do trem em Cubatão. A movimentação intensa e suspeita de caminhões em três galpões no centro de Santos levou os policiais a descobrirem o local, onde foram apreendidas cerca de 24 toneladas de grãos e produtos químicos. Uma pessoa foi presa.
A operação, conduzida pelo 4° Distrito Policial de Santos, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em imóveis na Rua Dr. Cochrane. No local, os agentes encontraram sacos e mais sacos de milho, soja, farelo de soja e açúcar, além de produtos perigosos como ácido sulfúrico e metanol. A empresa Rumo, concessionária da linha férrea, confirmou a ação e detalhou que foram recuperadas cerca de 20 toneladas de soja, 3 de farelo e 1 de milho.
Risco à saúde pública e o 'lixo' da linha do trem
O delegado responsável pelo caso, Fabio Szabo Guerra, fez um alerta grave sobre o perigo do esquema. Segundo ele, toda a carga apreendida é fruto de desvios e furtos que acontecem na linha do trem, em Cubatão. Esse material, que cai dos vagões ou é coletado de forma irregular, é considerado contaminado. "Aquele material que cai da linha férrea não pode nem ser utilizado para consumo animal", afirmou o delegado.
Apesar da proibição e do risco, a investigação descobriu que a quadrilha vendia esses grãos para pequenas indústrias, que os utilizavam tanto para consumo humano quanto animal. Um funcionário de uma empresa de alimentos do Paraná foi preso em flagrante no local pelo crime de receptação. Ele responderá também por crimes ambientais e contra a saúde pública.
Durante a operação, a polícia apreendeu empilhadeiras, um caminhão e diversos documentos que ajudarão a aprofundar a investigação. O foco agora, segundo o delegado, é identificar toda a cadeia criminosa, principalmente as empresas que estavam comprando essa matéria-prima contaminada.
A ação também contou com o apoio da Prefeitura de Santos, que fiscalizou os imóveis usados pela quadrilha e encontrou diversas irregularidades. Um estacionamento que funcionava sem alvará foi intimado a fechar, e dois armazéns foram notificados por problemas com licenças e alvarás de bombeiros e da vigilância sanitária.
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