Passagem de ônibus em Mongaguá sobe para R$ 4,30 a partir de novembro

A Prefeitura de Mongaguá atribuiu a gestões anteriores a responsabilidade pelo reajuste de 13,2% na tarifa dos ônibus municipais, que passará de R$ 3,80 para R$ 4,30 a partir do dia 3 de novembro. Segundo o procurador-geral do município, Sandro Abreu, a "inércia" de governos passados, que não aplicaram os reajustes anuais previstos em contrato, gerou um "descompasso relevante" que precisa ser corrigido agora com um aumento maior.

O novo valor, que representa um acréscimo de R$ 0,50 por passagem, foi oficializado em um decreto publicado no dia 7 de outubro. A tarifa na cidade estava congelada desde 2019, há mais de cinco anos. O estudo que baseou a decisão levou em conta que a prefeitura não repassa subsídios para a empresa Ação Transportes, que opera o sistema. Isso significa que toda a operação é bancada exclusivamente pelo valor pago pelos passageiros.

A atual administração informou que, justamente por conta da falta de reajustes no passado, abriu uma comissão para investigar possíveis irregularidades nos contratos firmados entre a prefeitura e a empresa de ônibus em gestões anteriores.

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Investigação e o desequilíbrio do contrato

O principal objetivo do aumento, segundo a prefeitura, é corrigir o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, garantindo que a empresa tenha condições de operar e manter os serviços. A administração municipal afirmou que, apesar do reajuste, continuará exigindo da empresa a manutenção periódica dos ônibus e melhorias na qualidade e na oferta do transporte para a população.

Uma boa notícia para parte dos usuários é que todos os benefícios e gratuidades atualmente em vigor serão mantidos. A prefeitura garantiu que não haverá nenhuma alteração nas regras para estudantes, idosos e gestantes que fazem acompanhamento pré-natal, que continuarão tendo direito ao transporte com condições especiais.

O aumento da passagem é sempre um tema delicado, mas a prefeitura argumenta que a falta de correção dos valores ao longo dos anos tornou a medida inevitável para garantir a sustentabilidade do sistema de transporte público da cidade. A investigação sobre os contratos antigos segue em andamento.