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Polícia faz 'limpa' em Guarujá e Santos contra a venda de bebidas falsificadas

Denúncias anônimas levaram à descoberta de cervejas vencidas e em péssimo estado em adega de Santos, evidenciando a gravidade do problema

A megaoperação da polícia envolveu 400 agentes e resultou em 101 prisões, além de apreensões de drogas, armas e produtos roubados - Imagem: Divulgação/ Polícia Civil e PROCON/ SC
A megaoperação da polícia envolveu 400 agentes e resultou em 101 prisões, além de apreensões de drogas, armas e produtos roubados - Imagem: Divulgação/ Polícia Civil e PROCON/ SC

Gabriel Nubile Publicado em 17/10/2025, às 10h12


Um empresário de 47 anos foi preso em flagrante em Guarujá, na última terça-feira (14), durante uma grande operação da Polícia Civil contra a venda de bebidas alcoólicas falsificadas e contrabandeadas. No comércio dele, localizado no bairro Vila Alice, os agentes encontraram diversas garrafas de uísque, vodca e gin com suspeita de adulteração, além de 128 maços de cigarro do Paraguai. A posse do cigarro contrabandeado foi o que garantiu a prisão imediata do dono do estabelecimento.

A ação em Guarujá foi apenas o começo de uma fiscalização que se estendeu por outras cidades da região. No mesmo dia, em Ilha Comprida, a "Operação Diversão Segura" vistoriou um supermercado no bairro Icaraí e apreendeu mais 34 garrafas de bebidas, 21 de uísque, dez de gin e três de vodca, que também apresentavam sinais de falsificação.

Já em Santos, na quarta-feira (15), uma denúncia anônima levou os policiais do 1º Distrito Policial até uma adega no Centro da cidade. No local, foram encontradas cervejas vencidas, em péssimo estado de conservação e com rótulos que indicavam adulteração.

Uísque barato em garrafa de luxo

A preocupação da polícia com esse tipo de crime é grande, principalmente porque, em muitos casos, a fraude vai além do rótulo. O delegado seccional de Santos, Rubens Barazal, explicou como o esquema geralmente funciona. "Eles pegam um uísque, por exemplo, de qualidade muito inferior e colocam em uma garrafa de um uísque superior", disse.

Segundo o delegado, os criminosos possuem todo o equipamento necessário para reabrir, reencher e lacrar novamente as garrafas, fazendo com que elas pareçam autênticas para um consumidor desavisado. O resultado é um produto de péssima qualidade sendo vendido pelo preço de um de luxo, enganando o cliente e colocando sua saúde em risco.

Essa fiscalização em comércios fez parte de uma megaoperação da polícia que aconteceu em 24 cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira entre terça e quarta-feira. A ação mobilizou quase 400 policiais e resultou na prisão de 101 pessoas por diversos crimes, além da apreensão de veículos, armas de fogo, mais de 16 quilos de drogas e quase 260 toneladas de outros produtos, como grãos roubados.