Operação Octanagem investiga ligações de postos com esquema de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis

Gabriel Nubile Publicado em 30/10/2025, às 09h22
A bomba de gasolina que vendia 90% de etanol e o bico de etanol que entregava menos combustível do que o cliente pagava continuam lacrados. Os dois postos de combustíveis de Praia Grande autuados durante a "Operação Octanagem" ainda não regularizaram a situação e seguem com os equipamentos interditados.
A informação foi confirmada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Segundo a agência, os postos Auto Posto Quasar e Auto Posto Platinum, ambos da bandeira RodOil, ainda não pediram a desinterdição, que só pode acontecer depois que os problemas forem corrigidos e comprovados.
O Posto Quasar teve bombas e tanques de gasolina lacrados por vender um produto totalmente fora da especificação, com 90% de etanol misturado. Já o Platinum foi pego na "bomba baixa", com um bico de etanol fornecendo um volume menor do que o registrado na máquina. Além da ANP, o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) também notificou os postos e deu um prazo até esta sexta-feira (31) para o conserto das bombas, antes de uma nova verificação.
Ligação com esquema do PCC
Essa fiscalização faz parte da "Operação Octanagem", uma continuação da "Carbono Oculto", que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis. Os postos fiscalizados teriam ligação com os empresários Pedro Furtado Gouveia e Luiz Ernesto Franco Monegatto, ambos alvos da operação principal por suposta relação com Mohamad Hussein Mourad, que está foragido e é apontado como o principal operador financeiro da facção.
As investigações descobriram que os seis postos vistoriados na operação (três em Praia Grande, dois em Santos e um em Araraquara) têm ligação com Himad, primo de Mohamad e também considerado uma peça importante no esquema. A polícia suspeita que Himad esteja ligado a mais de 100 postos, apesar de só aparecer como sócio direto de dez.
Os postos flagrados com irregularidades, além de terem que corrigir os problemas, respondem a um processo administrativo na ANP que pode resultar em multas pesadíssimas, variando de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, e até na perda da autorização para funcionar.
A distribuidora RodOil informou em nota que já havia iniciado o processo para romper o contrato com os postos citados antes mesmo da operação, por identificar "inconsistências". A empresa afirmou que está retirando sua marca dessas unidades e que não compactua com práticas ilegais.
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