Antonio Carlos discute a importância do equilíbrio fiscal da CET e os desafios enfrentados na gestão do trânsito da cidade

Gabriella Souza Publicado em 20/10/2025, às 13h54
A cidade de Santos precisa, de forma urgente, da modernização do sistema viário, e para isso ocorrer, é necessário a aprovação de um aporte de R$ 10 milhões para investimentos em fiscalização e sinalização. Além disso, há desafios para integrar a tecnologia para uma resposta imediata aos problemas de tráfego, as dificuldades na operação da segunda fase do VLT e o futuro da mobilidade elétrica com a substituição para ônibus elétricos.
Em entrevista à CBN Santos, o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, Antonio Carlos Silva Gonçalves, conhecido como Fifi, abordou temas críticos da gestão do trânsito na cidade, e trouxe uma visão transparente sobre a complexa gestão da companhia, e a busca por modernização.
Projeto de lei de adição de R$ 10 milhões em orçamento da CET
Um dos pontos centrais da conversa foi a necessidade de injeção de recursos para o equilíbrio fiscal da CET. O presidente detalhou o cenário financeiro da companhia e a importância da aprovação de um aporte extra de fundos municipais.
Ao ser questionado sobre um projeto de lei que prevê a liberação de R$ 10 milhões adicionais no orçamento da CET, sendo R$ 7 milhões para operações e fiscalização, e R$ 3 milhões para modernização da sinalização viária, Fifi explicou sobre a urgência da medida, que visa evitar o aumento das dívidas e permitir investimentos essenciais.
"Para você ter uma ideia, no início do governo do Rogério, a CET tem uma despesa de algo em torno de R$ 110 milhões ao ano. Essa é a despesa da CET" afirmou o presidente, explicando a defasagem entre o custo operacional da empresa e o valor do convênio inicial com a Prefeitura.
Segundo o presidente, a CET acumula um "passivo de dívidas" devido à falta de recursos, especialmente em tributos. Ele ressaltou que, com o esforço do atual governo em elevar o convênio (que está previsto em R$ 83 milhões para o próximo ano), a meta é chegar ao final da gestão com uma empresa "muito mais equilibrada".
"No início do governo do Rogério Santos, primeiro mandato, o nosso convênio era de R$ 24 milhões. Claro que naquela ocasião você não tinha R$ 110 milhões de despesa, você tinha uns R$ 80 milhões de despesas. E o Rogério vem atualizando esse convênio de forma que ele fique equilibrado para que a CET não contraia mais dívidas".
Além disso, ressaltou que o passivo de dívidas se deve à falta de recursos, no qual está centralizada nos tributos de empresa, e enfatizou a importância do equílibrio de custos.
"Porque a CET tem um passivo de dívidas em virtude da falta de recursos. E onde é que está esse passivo? Nos tributos. E dever de tributo é a pior situação, INSS, Epis, Confins, enfim. Só que isso não é um exercício natural, você não tem que ficar devendo. Esse ano a gente está pagando de tributos, não do exercício, algo em torno de R$ 14 milhões. E para investimento de sinalização de rua, algo em torno de R$ 6 milhões. Então, se você tivesse desses 14 para sinalizar as vias, a gente teria as vias totalmente sinalizadas. Então esse equilíbrio é necessário", Fifi finalizou.
Outros assuntos em pauta foram a operação da segunda etapa do VLT, que deve ter viagens comerciais a partir de 1º de dezembro, e a desativação dos trólibus, que devem ser substituídos por ônibus elétricos. O presidente também abordou polêmicas do dia a dia do trânsito, como a sinalização insuficiente para vagas de motos e o tempo excessivo dos semáforos nas grandes avenidas, um erro da CET que, segundo ele, já está em fase de correção.
Veja o jornal de 20/10 na íntegra:
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