Nova unidade está alinhada ao Plano Estratégico da Petrobras e às regulamentações internacionais sobre combustíveis sustentáveis até 2027
Alanis Ribeiro Publicado em 23/01/2025, às 10h45
Cubatão será sede de uma nova planta destinada à produção de bioquerosene de aviação (BioQAV) e diesel 100% renovável (Diesel R). A unidade será instalada na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e deverá criar aproximadamente 4 mil novos postos de trabalho para a população local.
A unidade será a primeira do Brasil a focar exclusivamente na conversão de óleos vegetais em combustíveis, marcando o maior investimento na refinaria em 40 anos.
De acordo com informações previamente divulgadas, um acordo entre lideranças políticas locais, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Baixada Santista (Sintracomos) e a Petrobras garante que, das 4 mil oportunidades criadas, pelo menos 3 mil serão destinadas a moradores da região. Essas contratações estão previstas para ocorrer no primeiro trimestre de 2024, envolvendo trabalhadores para as obras da nova unidade.
As obras projetadas para a RPBC prometem dobrar o número de operários atualmente ativos, que conta com cerca de 800 empregados diretos e outros 3 mil terceirizados.
A nova planta para produção de biocombustíveis está alinhada ao Plano Estratégico da Petrobras para os próximos cinco anos. O investimento estimado gira em torno de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3,6 bilhões), com previsão de conclusão em 36 meses. A unidade terá capacidade para processar até 800 mil toneladas de óleos vegetais anualmente e deverá produzir cerca de 6 mil barris diários, tanto de bioquerosene quanto de diesel renovável.
Além disso, essa iniciativa é vista como um passo importante no enfrentamento da emergência climática. O Programa BioRefino faz parte do plano estratégico da Petrobras, que busca atender à crescente demanda por combustíveis sustentáveis devido a regulamentações internacionais mais rigorosas que entrarão em vigor em 2027.
Em conformidade com o Acordo de Paris, assinado durante a COP21 em 2015, a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) exige uma adoção gradual de combustíveis sustentáveis pelas companhias aéreas. Os biocombustíveis produzidos na RPBC podem contribuir significativamente para a redução das emissões de gases poluentes, com potencial para diminuir essas emissões em até 90% quando comparados aos combustíveis fósseis tradicionais.
Atualmente, a capacidade total da RPBC é estimada em 178 mil barris diários, abrangendo produtos como gasolina aditivada, óleo diesel, gás de cozinha, querosene de aviação, combustível marítimo, nafta e enxofre.
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