Justiça determina a demolição de casas em área de preservação, com foco na recuperação ambiental e prevenção de novas ocupações
Redação Publicado em 18/07/2025, às 09h51
Uma equipe conjunta de órgãos de Santos derrubou, nesta quinta-feira (17), a segunda de três construções irregulares encontradas em uma área de preservação ambiental permanente, no Vale do Quilombo, na parte continental da cidade. A ação acontece por ordem da Justiça e será seguida pela recuperação do local.
Retirada de resíduos e equipe envolvida
Durante a operação, foram retiradas mais de 5,4 toneladas de lixo e entulho do local. Vale lembrar que, no último dia 10, quando os trabalhos começaram, já haviam sido removidas 3,5 toneladas de material. Todo esse lixo foi levado para a Empresa Terrestre Ambiental Ltda., responsável pelo tratamento de resíduos.
Essa força-tarefa é composta por representantes das secretarias de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade e das Prefeituras Regionais. Além disso, contam com o apoio da Polícia Militar Ambiental, da Guarda Civil Municipal e da empresa Terra Santos. É importante destacar que as pessoas que moravam nas duas casas que foram derrubadas saíram por conta própria antes do início dos trabalhos.
Riscos e importância da preservação ambiental
Os locais onde essas construções foram erguidas, além de serem áreas de proteção ambiental, foram feitos de forma muito simples e perigosa em um terreno de manguezal, impróprio para moradia. Isso trazia riscos não só para a natureza, mas também para quem vivia ali.
Ailton Valido dos Santos, coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Controle de Ocupações Irregulares e Habitações Subnormais, explicou a importância da ação. "A ação é importante, primeiro para prevenir as ocupações irregulares e, em segundo lugar, para preservar as áreas protegidas, neste caso o manguezal, berçário do mar territorial. Ocupando uma área sensível como essa, afeta-se inclusive o mar, porque algumas espécies entram no manguezal para realizar a reprodução", disse ele.
O fiscal ambiental Marcos Paulo Fornazieiro completou, explicando que o impacto em áreas de mangue vai além da proteção das espécies que se reproduzem ali. Ele destacou que o manguezal é muito importante também para lidar com as mudanças climáticas. "É uma barreira natural para a subida da maré e as oscilações do nível do mar, funcionando como uma espécie de esponja para a questão das inundações, por exemplo", afirmou Fornazieiro.
Próximos passos na área degradada
A demolição dessas construções é fundamental para evitar que sejam ocupadas novamente no futuro. A retirada da terceira e última casa identificada deve acontecer nas próximas semanas.
Os próximos passos do trabalho incluem a remoção completa de todo o lixo que ainda resta no local. Depois disso, serão feitos estudos ambientais para decidir qual é a melhor forma de recuperar a área degradada pelas construções.
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