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Venda de mineradora no AM e retaliação ao Carrefour unem Brasília

Imagem: @izanio_charges
Imagem: @izanio_charges
Leandro Mazzini

por Leandro Mazzini

Publicado em 28/11/2024, às 14h11


A mina chinesa

A notícia de que o Governo da China comprou mina de urânio na Amazônia, espalhada por grupos de whatsapp, caiu ontem como uma bomba em reports de grandes empresas de vários países. Não foi bem isso. A mineradora peruana Taboca, que opera mina de estanho em Presidente Figueiredo (AM), realmente foi vendida (por US$ 340 milhões) para a chinesa CMNC. Mas ali se extrai vários tipos de minério, como estanho, tório em resíduo e o nióbio – este sim, o que mais interessa aos asiáticos, por ser amplamente usado na indústria náutica, aeronáutica e de suprimentos eletroeletrônicos, o trilionário mercado chinês hoje no mundo. Há, sim, urânio na reserva, mas rejeitado na exploração, e fiscalizado de perto pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. E qualquer uso do material deve ser condicionado à aprovação do Congresso e em parceria com a Indústrias Nucleares do Brasil. Ou seja, é mera especulação que a China vai extrair urânio para enriquecer o produto em seu país com fins bélicos.

Brasil x Carrefour

Não adiantou a carta-retratação do Carrefour sobre a carne brasileira. Os franceses conseguiram unir contra eles a Câmara e Senado, Governo e oposição, para uma resposta à altura. O presidente Lula da Silva quer se cacifar com o agro que o detesta e a direita quer ficar mais forte ainda junto ao setor. Na Comissão de Agricultura, a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) propôs a realização de audiência pública.

Reunião secreta

Os deputados da oposição correm para tentar aprovar, em alguma comissão, um requerimento de convite (ou convocação) ao delegado Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, e ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Querem saber por que eles se reuniram com Lula, o ministro Alexandre de Moraes e outros pares dele do STF dentro do Palácio do Planalto – foi antes do homem-rojão se explodir a poucos metros de lá.

Carteirada no jantar

A esposa de um poderoso chefe de órgão público federal pagou uma gafe ao dar carteirada no evento de uma embaixada em Brasília, num jantar na terça-feira. Chegou reclamando do receptivo e expulsou dois jornalistas da mesa onde se sentou (a qual não era exclusiva). A história se espalhou ontem e a “importante” senhora, que repetiu ser a esposa do poderoso, está em apuros sociais. Há testemunhas.

Quem vem?

Figuras como Donald Trump, eleito presidente dos EUA - indicado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) - a atriz Fernanda Torres e os ministros do STF Luís Barroso e Nunes Marques - indicados por Luciano Bivar (União-PE) e Sóstenes (de novo) - estão entre os agraciados da Medalha do Mérito Legislativo de 2024. A dúvida na Casa é: quem vai aparecer no lugar de Trump. Se o convite chegar, claro.

Fila do carbono

O setor energético aguarda com ansiedade a sanção do projeto que regulamenta o mercado de carbono (PL 2148/2015), já aprovado pelo Congresso. A proposta cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões e prometem atrair investimentos bilionários e posicionar o Brasil como líder na agenda ambiental global. A expectativa é de que a sanção ocorra ainda este ano, incluindo o Brasil de fato na economia verde.



ESPLANADEIRA

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