Ano de maior investimento da história recente do clube terminou sem conquistas e fortaleceu articulação de grupos contrários à permanência da atual presidente.
Ana Beatriz Publicado em 29/12/2025, às 18h54
A temporada de 2025 sem títulos do Palmeiras abriu espaço para o fortalecimento de movimentos de oposição à presidente Leila Pereira, que articula a possibilidade de disputar um terceiro mandato à frente do clube. O cenário marca uma mudança significativa após anos em que o sucesso esportivo neutralizou críticas internas à atual gestão.
Justamente no ano em que o clube realizou o maior investimento financeiro de sua história recente, com cifras estimadas em cerca de R$ 700 milhões aplicados no futebol, a ausência de conquistas passou a ser usada como principal argumento pelos grupos oposicionistas. Até então dispersos e com pouca capacidade de articulação, esses setores enxergam no resultado esportivo aquém do esperado a oportunidade de se unificar.
A avaliação entre conselheiros críticos à gestão é de que o alto volume de investimentos não foi acompanhado por retorno esportivo proporcional, o que reacendeu debates sobre planejamento, gestão de elenco e estratégia administrativa. O tema passou a circular com mais intensidade nos bastidores políticos do clube nos últimos meses.
Leila Pereira está no comando do Palmeiras desde 2021 e construiu sua trajetória marcada por títulos expressivos e estabilidade financeira, fatores que garantiram amplo respaldo interno nas temporadas anteriores. No entanto, o desempenho esportivo de 2025 alterou o ambiente político, tornando o cenário eleitoral mais competitivo.
Embora ainda não haja chapas oficialmente lançadas, a movimentação nos bastidores indica que a eleição presidencial do clube tende a ser mais disputada do que nos últimos pleitos. A presidente, por sua vez, mantém discurso de continuidade do projeto e aposta no legado administrativo e financeiro para sustentar sua eventual candidatura à reeleição.