Fã declarado do Timão, meio-médio encara o ex-campeão Leon Edwards neste sábado, em Nova York, de olho no topo da categoria
Jorge Simonsen Publicado em 12/11/2025, às 16h47
O taubateano Carlos Prates volta ao octógono neste sábado (15) com a missão de consolidar sua ascensão meteórica entre os meio-médios do UFC. Representante da equipe Fighting Nerds, o lutador enfrenta o experiente Leon Edwards, ex-campeão da categoria, em duelo de três rounds, que será a quarta luta do card principal do UFC 322, no lendário Madison Square Garden, em Nova York. A previsão é que o combate comece por volta das 22h15 (horário de Brasília).
Aos 32 anos, Prates vive o momento mais promissor da carreira. Atualmente nono colocado no ranking, ele pode se aproximar do topo em caso de vitória sobre Edwards, que ocupa o quarto lugar e busca reabilitação após duas derrotas consecutivas. O cinturão da categoria pertence hoje ao australiano Jack Della Maddalena, e um triunfo convincente pode colocar o brasileiro diretamente na rota da disputa.
Formado na dureza dos treinos de Muay Thai na Tailândia, onde viveu por seis anos, Prates construiu um estilo agressivo e técnico, conhecido por combinações afiadas e cotoveladas precisas. Sua última aparição foi uma amostra desse repertório: um nocaute espetacular sobre Geoff Neal com uma cotovelada giratória perfeita, resultado que o projetou internacionalmente e ajudou a recuperar sua reputação após a derrota por decisão unanime contra Ian Machado Garry.
Mas o lutador não carrega apenas o instinto de combate. Fora do cage, Prates é um corinthiano apaixonado, que nunca escondeu suas origens e o vínculo com o futebol paulista. Em entrevista recente ao canal Niesports, lembrou com entusiasmo o impacto de Carlos Tévez no Corinthians em 2005.
Os caras ficam falando de Messi e Cristiano Ronaldo, é porque não viram o Tévez jogando pelo Corinthians em 2005, com o patrocínio da Samsung na camisa e dançando cumbia. Ele era embaçado”, brincou o lutador.
Do outro lado estará Leon Edwards, um dos atletas mais técnicos do mundo. O britânico, conhecido pelo jogo estratégico e golpes plásticos, tenta se recuperar após ser finalizado por Sean Brady em sua última luta.
Agora, cabe a Carlos Prates transformar o Madison Square Garden em sua própria arena. Se conseguir impor seu ritmo e trazer para o octogno a intensidade que aprendeu nas ruas e arquibancadas de São Paulo, o taubateano pode fazer com que a torcida em Nova York viva uma noite de Neo Química Arena em pleno coração de Manhattan.