“Esse crime não ficará impune”, diz secretário de Segurança após morte de cabo da PM em Cubatão

Secretário de Segurança Pública de SP promete empenho total para prender o suspeito de matar o policial Júlio César, baleado durante patrulhamento

Derrite reafirmou dedicação da polícia para localizar responsável pelo crime - Imagem: Divulgação | Câmara Municipal de Sorocaba

Lívia Gennari Publicado em 24/05/2025, às 23h53

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que não medirá esforços para prender o responsável pela morte do cabo da Polícia Militar, Júlio César da Silva Costa, de 43 anos, assassinado na noite da última sexta-feira (23), durante patrulhamento na comunidade Vila Esperança, em Cubatão.

“Esse crime não ficará impune”, declarou Derrite nas redes sociais.

O que aconteceu

O policial foi baleado na cabeça após a viatura em que estava ser alvo de disparos na principal via da comunidade. O crime aconteceu enquanto a equipe da PM atendia uma ocorrência na Avenida Principal, após uma denúncia de que suspeitos estariam escondidos em um matagal.

Segundo relatos, o suspeito efetuou ao menos cinco disparos contra a viatura. Dois tiros atravessaram o para-brisa e atingiram o cabo Júlio, que estava no banco do passageiro. Sem possibilidade de reação, os colegas priorizaram o socorro imediato, levando o policial ao Pronto-Socorro Central de Cubatão. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Autor do crime está foragido há mais de 4 anos

De acordo com as investigações, o responsável pelo homicídio já foi identificado como Bruno Rafael Bezerra de Lima, de 29 anos, conhecido como “Lagoa”. Ele já era procurado pela Justiça desde 2021, por um homicídio cometido na mesma região. Na época, ele fugiu para o Ceará, mas, segundo a investigação, retornou recentemente à Vila Esperança, onde vivem sua mãe e irmã.

Após o crime, Derrite afirmou que o policiamento na região foi reforçado e que uma operação de inteligência foi deflagrada para localizar o suspeito. “Reagimos de imediato com reforço policial e operação de inteligência para caçar o responsável. Não vamos descansar até capturá-lo”, garantiu o secretário.

O cabo Júlio, que tinha mais de 20 anos de serviço na corporação, deixa esposa e um filho de 12 anos. O velório ocorre neste domingo (25), no Cemitério Memorial Vicentino, no Parque Bitaru, em São Vicente, com cremação reservada à família. O comandante geral da PM em São Paulo, coronel José Augusto Coutinho, deve acompanhar o funeral.

Imagem: Reprodução | Polícia Militar

Em nota, tanto a Polícia Militar quanto a Secretaria de Segurança Pública lamentaram a morte do policial. O caso foi registrado como homicídio na Delegacia Sede de Cubatão e segue sendo investigado pela Polícia Civil, em conjunto com a PM.

O 21º Batalhão da Polícia Militar, onde o cabo atuava, também se manifestou nas redes sociais. “Neste momento de dor e tristeza, rogamos a Deus para que possa consolar familiares e amigos que sentem tamanha perda”, disse a corporação.

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