DESASTRE

Apagão em São Paulo: 7 mortes e mais de 500 incidentes registrados

Entre as cidades mais afetadas, destacam-se Cotia, com 36,9 mil residências impactadas

Momento do apagão - Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil
Momento do apagão - Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil

Alanis Ribeiro Publicado em 14/10/2024, às 12h17


A concessionária Enel informou que mais de 530 mil residências na região metropolitana de São Paulo ainda estavam sem fornecimento de energia elétrica desde a sexta-feira (11). Para acelerar o restabelecimento do serviço, equipes de reparo receberam apoio adicional de profissionais vindos do Rio de Janeiro, Ceará e outras distribuidoras de energia.

Na capital paulista, cerca de 354 mil imóveis continuam sem eletricidade. Entre as cidades mais afetadas, destacam-se Cotia, com 36,9 mil residências impactadas; Taboão da Serra, com 32,7 mil; e São Bernardo do Campo, com 28,1 mil. Até a manhã desta segunda-feira, a Enel já havia normalizado o fornecimento para mais de 1,5 milhão de consumidores que registraram chamadas desde o início dos problemas.

O apagão começou na última sexta-feira (11), após um forte temporal atingir a região. Desde então, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil atenderam mais de 500 incidentes em todo o estado, incluindo quedas de árvores e desmoronamentos. As chuvas resultaram em sete mortes: três em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e outra na capital paulista.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) alertou que a interrupção no fornecimento de energia também afeta o abastecimento de água na região metropolitana, devido à paralisação das estações elevatórias e boosters responsáveis por transportar água para áreas elevadas. A Sabesp recomenda o uso consciente da água armazenada nos reservatórios domésticos.

O Procon-SP anunciou que notificará a Enel Distribuição São Paulo para esclarecimentos sobre a demora na restauração do serviço elétrico e exigirá planos detalhados para lidar com fenômenos climáticos extremos no futuro.

O órgão também monitora os impactos nos hospitais e unidades de saúde, bem como nas residências que dependem de equipamentos vitais. Consumidores são incentivados a documentar danos decorrentes da falta de energia e a formalizar suas reclamações junto ao Procon-SP.