Setores de Serviços e Comércio foram os principais responsáveis pela criação de novas vagas no país no ano passado
Alanis Ribeiro Publicado em 30/01/2025, às 13h01
Em 2024, o Brasil alcançou um saldo positivo de 1.693.673 empregos formais, marcando um crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior. O total de admissões foi de 25.567.548, enquanto as demissões somaram 23.873.575, resultando em um estoque de vínculos empregatícios ativos de 47.210.948 no final de dezembro, um aumento de 3,7% em comparação com 2023. No acumulado de 2023 e 2024, foram gerados 3.147.797 empregos.
Os setores da economia que mais contribuíram para a criação de empregos foram Serviços (929.002 vagas), Comércio (336.110), Indústria (306.889), Construção Civil (110.921) e Agropecuária (10.808). Além disso, todas as regiões do país registraram crescimento no número de empregos, com destaque para o Sudeste (779.170 postos), Nordeste (330.901), Sul (297.955), Centro-Oeste (137.327) e Norte (115.051).
O estado de São Paulo foi o que mais gerou vagas, com 459.371 novos postos, seguido por Rio de Janeiro (145.540) e Minas Gerais (139.503). O Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%) e Amazonas (+7,11%) apresentaram as maiores variações percentuais, destacando-se entre os estados com crescimento mais expressivo. As mulheres foram responsáveis pela maior parte das novas contratações, com um saldo de 898.680 empregos, enquanto os homens geraram 794.993 vagas.
A análise também indicou que os pardos foram o grupo com o maior número de novas vagas (1.929.771), seguidos pelos brancos (908.732), pretos (373.501) e amarelos (13.271). No entanto, a população indígena apresentou uma perda de 1.502 postos de trabalho. O salário médio real para admissões foi de R$ 2.177,96, refletindo um aumento de 2,59% em comparação a 2023.
Apesar do crescimento ao longo do ano, dezembro registrou uma queda de -535.547 empregos (-1,12%), uma variação usual em períodos de alta no emprego. O ministro do Trabalho, Luís Marinho, comentou que o número superou as expectativas iniciais, mas não atribuiu essa diferença ao aumento da taxa Selic, destacando que o cenário econômico precisa ser monitorado com mais atenção nos próximos meses.
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