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Corpo de mulher desaparecida em lancha é encontrado; Marinha segue em buscas

Maria Aparecida da Silva Dias, de 56 anos, foi encontrada sem vida após naufrágio em Itanhaém, enquanto busca por seu filho e marido continua

O advogado Jeferson Silva Dias, angustiado, aluga barco para procurar sua família desaparecida no mar, após a falta de notícias - Imagem: Redes Sociais/ Reprodução
O advogado Jeferson Silva Dias, angustiado, aluga barco para procurar sua família desaparecida no mar, após a falta de notícias - Imagem: Redes Sociais/ Reprodução

Redação Publicado em 27/08/2025, às 11h30


Uma das pessoas que desapareceu no mar em Itanhaém, na semana passada, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (26), trazendo um desfecho triste para a família. A vítima foi identificada como Maria Aparecida da Silva Dias, de 56 anos. O filho, Bruno Silva Dias, e o marido, Lucídio Francisco Dias, que estavam com ela na embarcação, ainda continuam sumidos.

O drama da família tem sido acompanhado de perto pelo filho e irmão das vítimas, o advogado Jeferson Silva Dias. Ele mora em Matão, no interior de São Paulo, e, sem notícias, alugou um barco por conta própria para ir atrás da família. "Senti desespero", contou ele, que chegou a gritar os nomes dos familiares perto da ilha onde eles podem ter naufragado. "Eu achei que eles poderiam estar ali, esperando resgate. Para mim, família sempre foi tudo. Agora, me considero um homem sem nada", desabafou. O advogado explicou que, ao ver a dificuldade das autoridades em chegar no local, sentiu que precisava fazer o possível para encontrar seus entes queridos.

A família, que vivia em Matão, se mudou para Guarujá nos últimos anos. O filho mais novo, Bruno Silva Dias, que é veterinário, foi o primeiro, há cerca de três anos, para montar sua clínica, inaugurada no ano passado. Já os pais, Maria Aparecida, conhecida como Dona Cida, e Lucídio Francisco Dias, conhecido como Seu Dias, mudaram-se para o litoral há um ano para ajudar na clínica e cuidar do neto de 11 anos. Dona Cida estava em processo de aposentadoria e Seu Dias, que consertava equipamentos durante o dia, ajudava na clínica 24 horas do filho durante a noite.

Cronologia do resgate e o mistério no mar

O pedido de socorro inicial chegou aos bombeiros no sábado (23). O dono de uma marina recebeu um pedido de ajuda de um dos tripulantes da lancha Jany, mas a comunicação foi perdida. A lancha estava a cerca de 25 quilômetros da costa de Itanhaém, perto da Ilha da Queimada Grande, ou Ilha das Cobras. Devido ao mau tempo e da distância do local, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira (FAB) assumiram a busca.

A Marinha e a FAB foram as primeiras a achar o corpo de Maria Aparecida. Ela estava usando um colete salva-vidas quando foi encontrada e tirada da água pelos bombeiros, perto da Barra do Sahy, em São Sebastião. A busca pelo pai Lucídio e pelo filho Bruno continua. Apesar de todas as buscas, a Capitania dos Portos disse que não foi encontrado nenhum sinal que confirme que o barco afundou, como pedaços ou destroços. O mistério do que aconteceu com a embarcação continua, tornando o trabalho das autoridades ainda mais difícil.