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Falta de água prejudica moradores da Baixada Santista

Para reduzir o prejuízo, a Sabesp vem disponibilizando caminhões-tanque aos imóveis com caixa d’água

Há bairros de Bertioga sentindo o desabastecimento há cerca de um mês - Imagem: Divulgação
Há bairros de Bertioga sentindo o desabastecimento há cerca de um mês - Imagem: Divulgação

Karina Faleiros Publicado em 11/09/2024, às 11h43


Em Bertioga, no litoral de São Paulo, a população sofre com a ausência de água com variações diversas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) atribui o problema de falta de água à estiagem que, segundo a companhia, é a mais severa dos últimos 10 anos.

“Os momentos de intermitência no abastecimento não devem ser sentidos em imóveis com caixa-d’água dimensionada para ao menos 24 horas de consumo (de acordo com as normas técnicas para instalações prediais e o Decreto Estadual 12.342/78)”, explicou.

Ainda de acordo com a Sabesp, infelizmente, há bairros de Bertioga sentindo o desabastecimento há cerca de um mês e, quando a água finalmente chega, não tem força para chegar no nível do reservatório do imóvel.

Após autuar a Sabesp em R$ 162 mil pelo desabastecimento e não prosseguir sem uma solução, o prefeito de Bertioga Caio Matheus publicou, na semana passada, no perfil do Instagram, a ida até o escritório da Sabesp em São Paulo para cobrar medidas que possam amenizar a falta de água no município.

Pelo encontro, além do aumento dos caminhões-pipa para abastecimento na área central, abastecido pelo sistema Furnas/Pelaes, o prefeito anunciou outras duas ações, como a interligação do sistema Itapanhaú com o Furnas/Pelares, para aumentar a vazão atualmente em baixa entre a região que compreende os bairros Veleiros e Rio da Praia e, a curto e médio prazos, a implantação de um novo sistema, de ultrafiltração para osmose reversa.

A Sabesp informa que o reservatório Mogiano já armazena 5 milhões de litros após sua operação ter sido antecipada. Por meio de nota, a Arsesp declara:

"As fiscalizações estão em andamento para reunir informações conclusivas que orientarão as ações necessárias. Ao mesmo tempo, estamos avaliando as condições das infraestruturas de abastecimento e acompanhando junto à prestadora as medidas de contingência adotadas diante do período de estiagem que tem comprometido a disponibilidade hídrica nessa região. Dentre as ações previstas estão: plano de comunicação à população, disponibilização de carros tanque para abastecimento e reforço ininterrupto em Vazão máxima da Travessia Santos-Guarujá. A Arsesp já solicitou à Sabesp um plano de ação concreto para melhorar o abastecimento na região o mais rápido possível. Reiteramos nosso compromisso em continuar a acompanhar a situação de perto com vistas a adotar todas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento dos contratos de concessão. Vale destacar que a estiagem que atinge o Estado de São Paulo também tem afetado o abastecimento de água em outros locais. A Arsesp segue monitorando esse cenário e continuará tomando as providências necessárias para assegurar o bom atendimento pela prestadora à população em todos os municípios regulados", explicou.