Com investimento de R$ 6,8 bilhões, o túnel promete melhorar a mobilidade na Baixada Santista, mas enfrenta atrasos na contratação
Gabriel Nubile Publicado em 18/09/2025, às 10h37
A espera pela assinatura final do contrato para a construção do túnel Santos-Guarujá acabou gerando uma consequência imediata e frustrante para muitos moradores da região. A grande seleção de trabalhadores que ofereceria mil vagas de emprego para as obras, anunciada pela Prefeitura de Guarujá, foi cancelada. O motivo é que a empreiteira portuguesa Mota-Engil, que venceu o leilão para construir e operar a ligação entre as duas cidades, ainda aguarda a formalização do processo para poder, de fato, iniciar as contratações.
A notícia caiu como um balde de água fria para quem se preparava para o processo seletivo, que estava marcado para acontecer nesta quinta (18) e sexta-feira (19), no Ginásio Guaibê. A expectativa era preencher 600 vagas para pedreiro de alvenaria e outras 400 para auxiliar de serviços gerais, as primeiras de muitas oportunidades que a obra histórica deve gerar.
Entenda o motivo da suspensão
Apesar de a Mota-Engil já ter sido declarada a vencedora do leilão, existem etapas burocráticas que precisam ser cumpridas antes de qualquer atividade prática, como a contratação de pessoal. Logo após o leilão, o secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, já havia explicado que a documentação da empresa passaria por um período de análise técnica, que poderia levar de 30 a 60 dias, para só então o contrato ser assinado.
A seleção de trabalhadores, ao que tudo indica, foi marcada de forma antecipada, antes da conclusão dessa etapa fundamental. Sem o contrato devidamente assinado, a empresa fica legalmente impedida de iniciar as contratações, o que forçou o cancelamento do evento.
A obra do túnel é a maior do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e é vista como uma solução histórica para a mobilidade na Baixada Santista. Com um investimento total de R$ 6,8 bilhões, o projeto será financiado em uma parceria entre a Mota-Engil (R$ 1,78 bilhão) e os governos estadual e federal (R$ 5,14 bilhões).
A previsão é que as obras comecem em dezembro deste ano e durem até cinco anos. A futura estrutura terá 1,5 km de extensão, com 870 metros submersos, e contará com três faixas de rolamento por sentido, além de uma passagem para o VLT e áreas exclusivas para pedestres e ciclistas. Uma nova data para a seleção dos trabalhadores deve ser anunciada assim que o contrato for oficializado.
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