A polícia utilizou tecnologias de inteligência para localizá-lo e efetuar a prisão após ele retornar ao litoral de SP
Marina Milani Publicado em 06/06/2024, às 09h01
Um pintor de 36 anos foi preso na quarta-feira (5) sob suspeita de ter matado uma garota de programa em um hotel em Santos, no litoral de São Paulo. O suspeito foi detido no Morro São Bento, em Santos, e confessou à polícia que agrediu e enforcou a vítima até que ela desmaiasse. O crime ocorreu no dia 21 de maio em um hotel na Rua Bittencourt, no Centro da cidade. A motivação, segundo o próprio suspeito, foi uma disputa relacionada ao valor cobrado pelo serviço sexual.
Raquel da Costa Santos, de 41 anos, foi encontrada morta em um quarto de hotel no dia 21 de maio. De acordo com imagens de segurança e informações de testemunhas, ela entrou no hotel acompanhada do suspeito, que deixou o local após cometer o crime. Imagens capturadas mostram a vítima e o suspeito em um comércio antes de se dirigirem ao hotel.
O delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, informou que o suspeito permanecerá detido até o final das investigações. A Polícia Civil pretende converter a prisão do pintor de temporária para preventiva. O delegado Thiago Bonametti, da 3ª Delegacia de Homicídios, revelou que o suspeito confessou ter tido relações sexuais com a vítima e que a agrediu após ela pedir um valor adicional pelo serviço.
Apesar de inicialmente não terem sido identificados sinais evidentes de violência no corpo de Raquel, o exame legista apontou hematomas superficiais no pescoço, confirmando o relato de enforcamento feito pelo suspeito. O pintor alegou estar arrependido e afirmou que não tinha intenção de matar a vítima. Ele não possui antecedentes criminais, mas relatou o uso de drogas na noite do crime, o que pode ter influenciado seu comportamento.
Imagens comprometem
Imagens de câmeras de segurança revelaram que Raquel e o suspeito foram a outro hotel antes de se dirigirem ao local onde ela foi encontrada morta. A mudança de hotel foi motivada pelo desejo do suspeito de encontrar um local mais reservado. Ele permaneceu detido temporariamente por 30 dias enquanto a Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais para encerrar o inquérito. O laudo preliminar já indica sinais de asfixia, corroborando a versão apresentada pelo suspeito.
O suspeito será indiciado pelo crime de feminicídio, considerado um homicídio qualificado, devido à vulnerabilidade da vítima e à relação estabelecida entre eles. O delegado Bonametti ressaltou que a investigação foi concluída rapidamente graças à colaboração de testemunhas, imagens de monitoramento e impressões digitais encontradas no local.
Prisão
A Polícia Civil monitorou o suspeito utilizando tecnologias de inteligência e conseguiu localizá-lo após ele se esconder em diferentes locais, inclusive na casa de um familiar. A prisão foi realizada após ele retornar a Santos. O delegado Bonametti afirmou que o crime foi esclarecido com rapidez devido ao trabalho eficiente das equipes de investigação.
Aúdio revelado
Um áudio gravado por Raquel no dia anterior ao crime revela que ela havia atendido o suspeito anteriormente e combinado um reencontro para o dia 21 de maio. Na mensagem, Raquel descreveu o homem como tranquilo e mencionou que ele usava drogas, mas se comportava de maneira educada. Ela relatou que aceitou se encontrar novamente com ele para um programa de maior duração, o que acabou resultando em sua morte.
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