ITANHAÉM

Identidade falsa e passado criminoso; briga de casal revela segredo chocante

Ele foi preso em flagrante após uma denúncia feita pela própria companheira, em decorrência de uma briga doméstica

Após ser confrontado pelas autoridades, João admitiu o uso de identidade falsa - Imagem:Reprodução
Após ser confrontado pelas autoridades, João admitiu o uso de identidade falsa - Imagem:Reprodução

Alanis Ribeiro Publicado em 06/11/2024, às 10h19


João Carlos Lopes Santana, de 60 anos, foi preso em flagrante após uma denúncia feita pela própria companheira, em decorrência de uma briga doméstica ocorrida no dia 29 de outubro, na Rua Taís, no bairro Loty, em Itanhaém. O suspeito foi detido por utilizar documentos pertencentes a um sobrinho falecido e era procurado pela Justiça do Rio de Janeiro desde 1995.

Após ser confrontado pelas autoridades, João admitiu o uso de identidade falsa. Durante anos, ele se passou por Martinho de Amorim Rosário, nome de um sobrinho que faleceu há três décadas.

Com os documentos fraudulentos, João conseguiu registrar dois filhos e até se candidatou ao cargo de vereador nas eleições municipais de 2008. Ele concorreu sob o pseudônimo "Martinho da Vida", pelo então Partido Social Liberal (PSL), mas obteve apenas 35 votos. De acordo com registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele se apresentou como comerciante na ocasião.

O subterfúgio teve início após João cometer um homicídio contra uma ex-companheira no Rio de Janeiro, o que o levou a fugir para a Baixada Santista. Ele viveu na região sem levantar suspeitas até a recente denúncia feita por sua atual esposa.

A prisão ocorreu na noite de 29 de outubro, quando a Polícia Militar atendeu ao chamado da mulher, que alegou ter sido agredida e ameaçada pelo companheiro. Ela ainda informou às autoridades que João não permitia sua entrada na residência para buscar seus pertences. A mulher também relatou que João era foragido por homicídio cometido no Rio de Janeiro e usava a identidade do sobrinho falecido há 30 anos.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado na Delegacia Seccional de Itanhaém por falsidade ideológica, lesão corporal contra a mulher e captura de procurado.