João Pedro Donatone foi liberado mediante fiança de R$ 42 mil após atropelar e matar Caetano Aurungo, de 21 anos
Maria Clara Campanini Publicado em 21/10/2024, às 16h25
Um trágico acidente de trânsito ceifou a vida de Caetano Ribeiro Aurungo, um jovem de 21 anos, na madrugada de sábado (19), em Santos, no litoral de São Paulo. O incidente ocorreu quando João Pedro Donatone, de 19 anos, dirigindo um veículo que avançou o sinal vermelho, colidiu com a motocicleta conduzida por Caetano. A colisão fatal aconteceu no cruzamento das ruas Álvaro Alvim e Conselheiro Lafayette, no bairro Embaré.
Após o acidente, João Pedro foi detido em flagrante e levado à Justiça sob acusação de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Apesar do exame clínico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) ter dado negativo para embriaguez, o laudo indicou sinais sugestivos de consumo de álcool. Na audiência de custódia subsequente, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liberdade provisória ao acusado mediante o pagamento de uma fiança fixada em 30 salários-mínimos, totalizando mais de R$ 42 mil. Além disso, ele deverá comparecer bimestralmente ao juízo para justificar suas atividades e não poderá alterar seu endereço sem prévia comunicação à Justiça. Como medida adicional, seu direito de dirigir foi suspenso por pelo menos 180 dias, com a obrigação de entregar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A família da vítima expressou indignação e prometeu buscar justiça. Vanda Freire Aurungo, avó e guardiã legal de Caetano, declarou que testemunhas afirmaram que o motorista tentou fugir após o atropelamento. Ela também mencionou que a prisão do motorista não trará seu neto de volta, mas espera que assegure a responsabilização pelo ocorrido.
Caetano era estudante de Engenharia da Computação na Universidade Santa Cecília e morava com seus avós paternos e dois irmãos menores no bairro Aparecida. Conhecido por ser caseiro e tranquilo, ele nutria o sonho de se formar e tornar-se independente. Infelizmente, semanas antes do acidente fatal, havia trancado sua matrícula na faculdade.
O acidente gerou comoção entre amigos e familiares. Segundo Vanda, Caetano estava a caminho da casa de um amigo na noite fatídica quando foi atropelado. O grupo de amigos do jovem mantinha uma amizade desde a infância e costumava se reunir em ambientes familiares.
A Polícia Militar (PM) informou que foi acionada para atender a ocorrência às 3h40 daquele sábado. No local do acidente, os agentes encontraram Caetano sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas ele já estava sem vida. As autoridades isolaram a área até a retirada do corpo e registraram a ocorrência na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
As investigações continuam enquanto a família aguarda por justiça em meio à dor pela perda irreparável. O caso segue sob atenção das autoridades locais.
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