Igor representava um "obstáculo" em um triângulo amoroso envolvendo sua esposa, sua irmã e Mário Vitorino.
Alanis Ribeiro Publicado em 24/11/2024, às 19h03
A Justiça do Estado de São Paulo está avaliando a possibilidade de submeter a júri popular Rafaela Costa, viúva de Igor Peretto, seu cunhado Mário Vitorino e a irmã da vítima, Marcelly Peretto, acusados de envolvimento no assassinato do comerciante, ocorrido no dia 31 de agosto. O crime aconteceu em Praia Grande, e, de acordo com investigações, Rafaela e Mário trocaram mensagens combinando de dormir juntos na madrugada do assassinato, após ela descobrir uma traição.
Conforme relatórios da Polícia Civil apresentados ao Judiciário, há evidências de uma suposta trama orquestrada entre Rafaela e Mário. O documento inclui capturas de tela de mensagens trocadas entre os dois nas horas que antecederam o crime. Nessas mensagens, os envolvidos discutem a intenção de passarem a noite juntos, enquanto participavam de uma celebração em razão da vitória de um campeonato esportivo.
Os acusados foram detidos sob suspeita de premeditação do homicídio, motivados por interesses pessoais envolvendo tanto questões sentimentais quanto financeiras. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Igor representava um obstáculo em um triângulo amoroso envolvendo sua esposa, sua irmã e Mário Vitorino.
As investigações sugerem que o crime teria gerado benefícios financeiros aos envolvidos. Mário poderia assumir a gestão do empreendimento comercial que mantinha em parceria com Igor, enquanto Rafaela seria beneficiária de uma herança. Marcelly, que também tinha laços com ambos os beneficiários diretos, igualmente poderia obter vantagens econômicas.
O MP-SP apresentou denúncia formal contra o trio por homicídio qualificado, citando motivos torpes e uso de meio que dificultou a defesa da vítima. O órgão destaca que Igor foi atacado por alguém próximo e em quem confiava.
A cronologia dos eventos mostra que Rafaela e Marcelly chegaram ao local do crime juntas, mas Rafaela saiu momentos antes da chegada dos homens. Testemunhas relataram que Igor expressou seu amor por Rafaela pouco antes de ser assassinado.
As prisões dos acusados foram inicialmente temporárias e depois convertidas para preventivas pela Justiça de Praia Grande. A promotoria enfatizou o caráter "chocante e violento" do caso e destacou a periculosidade dos réus.
Imagens capturadas por câmeras de segurança registraram os movimentos dos envolvidos antes e depois do crime, complementando as evidências apresentadas pelo MP-SP. A análise desses registros contribuiu para esclarecer a dinâmica do ocorrido e fortalecer as acusações contra o trio.
Este caso continua em andamento na Justiça, enquanto a sociedade aguarda ansiosamente pelo desfecho judicial dessa trágica história que abalou a comunidade local.
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