MP denuncia policiais por homicídio e plantação de provas em Guarujá

No total, foram 28 mortes em 40 dias. PMs são acusados de execução e manipulação de cena de crime

No total, foram 28 mortes em 40 dias. PMs são acusados de execução e manipulação de cena de crime - Imagem: Reprodução | MP-SP
No total, foram 28 mortes em 40 dias. PMs são acusados de execução e manipulação de cena de crime - Imagem: Reprodução | MP-SP

Marina Milani Publicado em 31/07/2024, às 08h32


A Operação Escudo, realizada em resposta ao assassinato do PM da Rota Patrick Bastos Reis em julho de 2023, resultou em 28 mortes em supostos confrontos com a polícia em Guarujá (SP). Até o momento, seis PMs foram denunciados por homicídio. A TV Globo, revelou que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) acusa os policiais de invadirem a casa de Rogério de Andrade Jesus e plantarem provas para incriminá-lo.

Imagens de câmeras corporais mostram a suposta execução de Rogério durante a operação. A Defensoria Pública solicita indenização para a família da vítima, além de pedidos de desculpas nas redes sociais do Governo de São Paulo e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), tratamento psicológico e médico para a família e uma bolsa de estudos para a filha de Rogério.

Em nota, a SSP-SP afirmou que não foi notificada sobre a ação da Defensoria e que as mortes durante a Operação Escudo continuam sendo investigadas pelas respectivas corregedorias.

O caso:

Os PMs Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira foram denunciados pelo MP-SP pelo assassinato de Rogério de Andrade Jesus. Segundo o MP-SP, Eduardo disparou o tiro fatal, enquanto Augusto obstruiu a câmera corporal para que a ação não fosse registrada. As imagens mostram a equipe de policiais avançando pela comunidade e Eduardo entrando na casa de Rogério, onde efetuou o disparo. O MP-SP alega que os policiais plantaram uma pistola e um colete balístico na cena do crime para incriminar a vítima.

Versão da PM:

Os policiais envolvidos afirmam que estavam patrulhando a região quando a população indicou uma casa onde supostamente havia um indivíduo armado. Segundo os PMs, eles deram voz de comando para que a pessoa largasse a arma, mas Rogério teria apontado uma pistola na direção da equipe, levando ao disparo que resultou em sua morte.