Suspeita-se que pelo menos outras 30 pessoas possam estar envolvidas na organização criminosa, considerada uma das maiores atualmente em operação no país.
Alanis Ribeiro Publicado em 31/10/2024, às 09h30
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro iniciou, nesta quarta-feira (30), a Operação Contra Golpe, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada a fraudes financeiras que tinham, principalmente, idosos como alvos. As ações da operação se concentraram em municípios da Baixada Santista, onde mandados de busca e apreensão foram executados, resultando na prisão de pelo menos um suspeito em São Vicente.
Sob a coordenação da 12ª Delegacia Policial de Copacabana, as equipes estão empenhadas na localização dos suspeitos em diversos estados, incluindo São Paulo, Ceará e Pará.
Segundo informações colhidas durante as investigações, o grupo criminoso movimentou aproximadamente R$ 6 milhões ao longo do último ano através de atividades suspeitas de lavagem de dinheiro, como depósitos fracionados e distribuição dos valores entre várias contas bancárias associadas à quadrilha.
Um dos casos mais impactantes envolveu um idoso de 75 anos, que sofreu um prejuízo de R$ 1,17 milhão. A fraude começou com uma mensagem SMS oferecendo um desconto em sua fatura de cartão de crédito. Ao clicar no link fornecido, a vítima teve suas informações comprometidas, permitindo que os criminosos realizassem quatro transferências bancárias totalizando cerca de R$ 130 mil.
Na sequência, os golpistas entraram em contato telefônico com a vítima, fingindo ser seu gerente bancário. Utilizando técnicas de engenharia social, convenceram o idoso de que as transações seriam revertidas, mas para isso ele precisaria transferir o restante do saldo de sua conta para auxiliar numa suposta investigação da Polícia Federal.
As investigações realizadas com o auxílio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) levaram ao indiciamento de oito pessoas por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça expediu mandados de prisão preventiva para os envolvidos e ordenou o bloqueio das contas bancárias ligadas à quadrilha.
A rede criminosa fez vítimas em vários estados do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Tocantins, Piauí e Pernambuco. O sofisticado esquema financeiro chamou a atenção dos investigadores devido ao uso extensivo de múltiplas contas bancárias para ocultar e lavar os recursos ilícitos. Suspeita-se que pelo menos outras 30 pessoas possam estar envolvidas na organização criminosa, considerada uma das maiores atualmente em operação no país.
Até o momento da publicação desta reportagem, duas prisões haviam sido efetuadas: uma no Ceará e outra em São Vicente. Na Baixada Santista, operações ocorreram também nas cidades de Santos, Guarujá e Itanhaém.
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