Natureza

Prefeitura e pesquisadores se unem para preservar e ampliar vegetação na praia

Os Jundus são o alvo da preservação e ampliação

Prefeitura e pesquisadores se unem para preservar e ampliar vegetação na praia - Imagem: Reprodução/ G1
Prefeitura e pesquisadores se unem para preservar e ampliar vegetação na praia - Imagem: Reprodução/ G1

Maria Clara Campanini Publicado em 19/08/2024, às 15h46


Nos trechos dos canais 1 e 3, nas praias de Santos, há alguns pontos verdes germinando. Nas faixas de areia estão crescendo Jundus, que apesar de pequenas são importantíssimas para a preservação ambiental e conteção da erosão das orlas.

Assim, a Secretária de Meio Ambiente de Santos (Semam) se uniu com pesquisadores de oito universidades da Baixada Santista para iniciar o Projeto Jundu, um a iniciativa de estudar, preservar e ampliar a vegetação típica do litoral.

Santos ficou anos sem ver essa planta, que até 1980, eram retirados em nome da urbanização, por isso ainda é visto por muito como sujeira ou descuido “Achar que o jundu é um ‘mato’ é uma visão míope”, fala o biólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em botânica e educação ambiental Sidney Fernandes.

Há dois anos, essa história começou a mudar, e a planta começou a aparecer na faixa de areia ao lado do Parque Municipal Roberto Mário Santini, o Emissário Submarino, no José Menino. A volta é motivo de estudo, o biólogo diz que o retorno se deu a possível matéria orgânica proveniente da emissão do esgoto.

O Projeto Jundu teve a primeira fase em agosto de 2022, após a reaparição da planta, perto do Emissário. E terminou em maio deste ano, segundo Semam, a prefeitura aumentou a área vegetada. Aumentando o surgimento de espécies associadas a boa aderência das escolas no projeto e a vinculação ao Plano Municipal de Recuperação e Conservação da Mata Atlântica e ao Plano de Ação Climática de Santos (PACS).

A segunda fase tem o objetivo de ampliar as áreas de jundu, criar um espaço educativo online e um grupo técnico multissetorial. Na última quinta-feira, segundo o Semam, mostrou que a última vegetação no Canal 2 resistiu a ressaca marítima.

A Prefeitura atua junto com biólogos da Unifesp no Projeto Jundu, e segundo os pesquisadores as raízes finas são capazes de segurar os grãos de areia e evitar a erosão marinha. Resumindo, impede que o mar avance e que a areia voe para outras partes da cidade.