De acordo com a 3ª Delegacia de Homicídios Santos, o PM foi enterrado no Guarujá, Litoral de SP
Maria Clara Campanini Publicado em 03/08/2024, às 11h14
Luca Romano Angerami, PM morto pelo ‘tribunal do crime’, de apenas 21 anos, ficou desaparecido por 36 dias. O corpo foi enterrado na comunidade de Vila Baiana, no Guarujá, Litoral de São Paulo. De acordo com o laudo -apurado pelo G1- , o policial levou 18 tiros e estava com um cadarço no pescoço.
A última vez que o PM foi visto estava perto de um ponto de tráfico de drogas da cidade, 14 de abril. Nas buscas, foram encontrados 12 corpos e prenderam 11 suspeitos no envolvimento do crime. O corpo de Luca foi encontrado no dia 20 de maio, na comunidade Vila Baiana.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) definiu que a morte foi por causa de uma hemorragia interna por ferimento perfuro contuso, por arma de fogo. Foram feitas 18 perfurações com projéteis.
Ainda de acordo com o laudo, a morte deve ter sido aproximadamente seis semanas antes do corpo ser encontrado. Logo, ele foi morto após a sua última aparição no dia 14 de abril.
A Polícia Civil ainda realizou o exame toxicológico, que identifica presença de drogas-, deu negativo no corpo do Luca.
A Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), disse em nota, que o inquérito já foi finalizado e levado à justiça.
Corpo encontrado
No dia 20 de maio, o corpo do PM foi encontrado na região Vila Baiana, em Guarujá, enrolado em uma lona. O cadáver ainda não estava em estagio avançado de decomposição, o policial foi identificado pela tatuagem.
Últimas imagens
No dia 14 de abril o PM foi visto em uma adega na comunidade de Santo Antônio com dois amigos. Após isso, as câmeras de monitoramento viram o policial indo a uma biqueira com um homem, onde foi visto pela última vez. O rapaz que o acompanhou a biqueira foi preso dia 19 de abril.
Em vídeos, é possível ver o PM chegando na rua da comunidade as 6h41 em um carro prata. O veículo era parecido com o dele, encontrado abandonado logo depois na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Após o carro ser manobrado, o agente saiu do carro. Luca vestia uma camisa preta e calça jeans, a roupa que estava na adega. O PM estava acompanhado por outro homem, usando uma bermuda branca e camiseta vermelha. Os dois entraram na rua e depois não foram mais vistos.
A investigação
Nas investigações da morte do PM, foram encontrados 12 corpos, até agora prenderam 11 suspeitos de envolvimento no crime.
Na noite do desaparecimento, 14 de abril, um homem foi identificado como Edivaldo Aragão, de 36 anos, preso por suspeita de participar no assassinato de Luca. Os policiais o abordaram na Rua das Magnólias, perto da adega.
O G1 apurou com a Delegacia de Homicídios de Santos, o home preso nas investigações já foi descartado pela Polícia Civil, que diz ter confessado a mando da organização criminosa. Edivaldo foi apenas indiciado por obstrução de justiça.
2º preso confessa envolvimento no sequestro
Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, foi preso na noite do dia 18, na Avenida das Acácias. A Polícia Militar leu mensagens no celular que comprovam a participação dele no assassinato e sequestro. Ele é quem aparece ao lado de Luca na última imagem na biqueira.
Mais quatro presos e carro apreendido
Após a prisão de Carlos, foi possível identificar mais quatro suspeitos, com base em mensagem e depoimentos.
Em 19 de abril, os quatro foram presos. Cada um tinha uma responsabilidade: Um ficou com a arma de Luca; o outro seria o dono da biqueira; um é suspeito de abandonar o carro e outro levou o PM até a comunidade.
Sétimo e oitavo presos
De acordo com o que o G1 apurou, o sétimo suspeito, conhecido como “Caga”, s entregou a Divisão de Homicídios de Santos no 22 de abril.
No dia 26 de abril, um oitavo suspeito foi preso, por volta das 19h30, no bairro Chácaras, em Bertioga. Chegaram no oitavo suspeito com base em depoimentos anteriores. Apurado com a Delegacia de Santos o homem mentiu ter envolvimento no crime para despistar as autoridades.
Nono preso
De acordo com a SSP-SP, um homem de 41 anos ,foi preso no dia 10 de maio, no bairro Jardim Primavera, no Guarujá. No momento, a equipe de agentes viu o rapaz em atitude suspeita na rua.
Quando notou a presença da polícia, entrou em um comércio, mas foi seguido pelos agentes. Buscando no sistema, foi encontrado um mandado de prisão, por estar envolvido no crime contra o PM.
Últimos dois presos
O delegado Fabiano Barbeiro, disse que 11 pessoas foram presas com suspeita de envolvimento na morte do PM. A prisão do decimo detido não foi divulgado pela Polícia Civil.
O último foi detido no dia 3 de junho.
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