SANTOS

Surto de norovírus no MSC Grandiosa atinge 127 passageiros a bordo

Norovírus causa gastroenterites e é transmitido pela via fecal-oral; cuidados especiais são recomendados para crianças e idosos

MSC Grandiosa - Imagem: Reprodução/Vanessa Rodrigues/AT
MSC Grandiosa - Imagem: Reprodução/Vanessa Rodrigues/AT

Alanis Ribeiro Publicado em 24/01/2025, às 11h27


O navio de cruzeiro MSC Grandiosa partiu do Porto de Santos no dia 11 de janeiro e retornou em 18 de janeiro, registrando 127 casos confirmados de norovírus entre os 6.293 passageiros. A situação chamou a atenção das autoridades sanitárias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificar o surto na sexta-feira (17), enquanto o navio ainda estava atracado.

A Anvisa mobilizou uma equipe de saúde para realizar testes nos passageiros que apresentaram sintomas de Doença Diarreica Aguda (DDA). Os infectados foram isolados imediatamente, e medidas de higiene, como a lavagem frequente das mãos e a desinfecção de superfícies, foram reforçadas a bordo.

Após o término do cruzeiro, a embarcação seguiu viagem para o Nordeste. Investigações iniciais indicaram que os casos estavam relacionados a um surto anterior na Baixada Santista, onde o norovírus havia se disseminado durante as festividades de fim de ano.

Em resposta ao incidente, a MSC Cruzeiros divulgou uma nota destacando que, devido ao aumento nos casos de doenças gastrointestinais na Baixada Santista, implementou precauções rigorosas para manter um ambiente saudável a bordo. Foram reforçadas as práticas de limpeza e sanitização em todas as áreas do navio.

A Prefeitura de Santos, em colaboração com a Anvisa, enviou uma equipe do Departamento de Vigilância em Saúde ao navio no sábado (18) para coletar amostras de tripulantes com suspeita de infecção. Amostras de água e alimentos foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para análise laboratorial.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo explicou que as noroviroses são doenças virais que causam gastroenterites e geralmente são transmitidas pela via fecal-oral. Embora a doença seja autolimitada, com duração média de três dias, é essencial manter uma hidratação adequada. Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento intravenoso. Hospitalizações são raras, mas crianças e idosos devem receber cuidados especiais.

O governo estadual alertou que o surto na Baixada Santista é motivo de preocupação e que ações de monitoramento estão sendo realizadas para evitar novas contaminações. Para atualizações, recomenda-se acompanhar os canais oficiais da Anvisa e das autoridades locais de saúde.