Justiça afasta por 90 dias dois PMs envolvidos na morte de investigador da Polícia Civil

Sargento e cabo da ROTA são alvos de operação após morte de Rafael Mourão; investigações continuam por 90 dias

Durante a operação, foram apreendidos celulares e notebooks dos policiais, mas a entrega das armas ainda não ocorreu. - Imagem: Divulgação / SSP
Durante a operação, foram apreendidos celulares e notebooks dos policiais, mas a entrega das armas ainda não ocorreu. - Imagem: Divulgação / SSP

Marina Milani Publicado em 26/07/2025, às 10h33


Na última quinta-feira (18), uma operação conduzida por policiais civis do 37º Distrito Policial, localizado na Zona Sul de São Paulo, resultou na execução de mandados de busca e apreensão direcionados a dois policiais militares envolvidos na investigação da morte do investigador Rafael Moura da Silva. O investigador foi baleado durante uma ação policial no início deste mês e, após cinco dias internado, não sobreviveu aos ferimentos.

Os policiais militares alvos da ação são o sargento Marcus Augusto Costa Mendes e o cabo Robson Santos Barreto. As ordens judiciais foram cumpridas nas residências dos dois, bem como nos armários que utilizavam no Batalhão da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA).

A Justiça paulista analisou um pedido de prisão solicitado pela Polícia Civil, mas optou por indeferir a solicitação. Em contrapartida, foi determinado o afastamento cautelar dos policiais por um período de 90 dias, durante o qual as investigações continuarão.

Durante a busca na residência de Marcus Mendes, os agentes encontraram e apreenderam um celular, um notebook e a arma funcional do policial. Na casa de Robson Barreto, também foram recolhidos um notebook e um celular; entretanto, a entrega da arma do cabo à delegacia ainda não ocorreu.

Ambos os policiais militares estão agendados para prestar depoimento nesta mesma data no 37º DP. Enquanto Marcus já se encontra prestando seu depoimento, Robson compareceu ao local acompanhado de seu advogado.