Cerca de 100 policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na capital e Grande SP

Gabriel Nubile Publicado em 04/12/2025, às 09h52
Quase 260 veículos, três embarcações e 49 imóveis bloqueados pela Justiça. Esse foi o saldo inicial de uma megaoperação deflagrada na manhã desta quinta-feira (04) para asfixiar as finanças de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro para uma grande facção criminosa que atua no estado. A ação mira o patrimônio acumulado com o lucro do crime.
A operação, batizada de "Falso Mercúrio", foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Logo nas primeiras horas do dia, cerca de 100 policiais civis saíram às ruas da capital paulista e da Grande São Paulo para cumprir um total de 54 mandados judiciais. Desses, seis eram ordens de prisão e outros 48 de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.
O principal objetivo da polícia não era apenas prender os envolvidos, mas "quebrar" a banca financeira do grupo. Além dos bens físicos como carros e casas, a Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de 20 pessoas físicas e de 37 empresas, que eram usadas para dar aparência legal ao dinheiro sujo.
Esquema sofisticado e vida de luxo
As investigações, conduzidas pela 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), revelaram que o bando não era amador. Eles montaram uma estrutura complexa para limpar o dinheiro que vinha de atividades como tráfico de drogas, golpes de estelionato e jogos de azar.
Segundo a polícia, o esquema funcionava com três núcleos bem definidos. O primeiro era formado pelos "coletores", responsáveis por pegar a grana viva do crime. O segundo grupo era o dos "intermediários", que tinham a missão de movimentar e ocultar a origem desses valores. Por fim, havia os "beneficiários finais", que recebiam o dinheiro já "limpo" e pronto para ser gasto.
O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, destacou que essa é uma das maiores ofensivas já feitas contra a lavagem de dinheiro pela Polícia Civil. Ele ressaltou que os criminosos levavam uma vida de muito luxo e movimentavam milhões, e que o foco agora é avançar contra essa rede para tirar o poder de compra da facção.
Maior investigação financeira
O diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, classificou a ação como a maior investigação patrimonial da história do departamento. A estratégia segue a diretriz de descapitalizar o crime organizado. O nome da operação, "Falso Mercúrio", é uma referência mitológica ao deus romano do comércio, que também é associado aos trapaceiros e ladrões, uma alusão irônica às atividades de fachada das empresas envolvidas.
Todo o material apreendido e os presos estão sendo levados para a sede da 3ª DIG, onde o caso está sendo registrado. A polícia continua analisando os documentos e computadores recolhidos para tentar identificar outros braços dessa organização financeira.
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