Documentos com 70 assinaturas pedem explicações sobre o comportamento de Daniel Alves e seu impacto no clube
Gabriella Souza Publicado em 23/10/2025, às 11h33
A pressão sobre o presidente Marcelo Teixeira aumentou bastante nas últimas semanas por conta de uma crise interna do clube. Conselheiros do time pediram dois grandes documentos exigindo a saída imediata de Daniel Alves do quadro de sócios. Ele é uma figura importante e faz parte do Comitê de Gestão da diretoria.
Essa atitude dos conselheiros gerou um bate-cabeça dentro do próprio grupo de apoiadores da atual administração, criando um clima tenso no clube. Os documentos entregues ao presidente do Conselho, Fernando Akaoui, somam cerca de 70 assinaturas e cobram explicações sobre o comportamento do dirigente.
O que está em jogo?
Os principais motivos citados nos protestos são o suposto conflito de interesses envolvendo os filhos de Daniel Alves na base santista e a sua atitude na hora de barrar a contratação de um jovem talento de outro clube.
Para parte do conselho, a ação contra o dirigente e seus filhos é só resultado de uma briga por poder na política interna do Santos. No entanto, o outro grupo que acusa o membro do Comitê de Gestão enxerga essas ações como algo que está fazendo mal aos interesses do Alvinegro Praiano, que deveriam sempre vir antes de qualquer questão pessoal.
Acusações
Apesar da confusão, Daniel Alves continua circulando normalmente no clube. Ele tem livre acesso não só aos jogos e à rotina de treinos do time principal e das categorias de base, mas também ao vestiário da Vila Belmiro e ao camarote do presidente.
Marcelo Teixeira, apesar de ter sido pressionado para tirar o dirigente do cargo, tem agido com cautela. Antes de tomar qualquer decisão definitiva, ele vai esperar o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos, que está investigando o caso.
Os abaixo-assinados
A principal mobilização dos conselheiros acusa Daniel de beneficiar seus dois filhos que jogam na base do Santos. O relatório aponta que "sem a influência do pai, eles não teriam a qualidade técnica para continuar no clube". Há até a denúncia de que um dos garotos teria treinado com o time profissional, neste ano, sem estar na lista oficial.
A defesa de Daniel Alves, por sua vez, mostra relatórios técnicos recentes. Existem e-mails que comprovam a aprovação dos jovens nos testes, além de avaliações detalhadas, assinadas por responsáveis da base e até pelo ex-técnico do time sub-20.
Outra questão levantada é a de que Daniel Alves teria mentido em uma reunião ao dizer que um dos filhos já tinha um contrato com o Santos. O documento dos acusadores afirma que o registro do garoto no BID da CBF, que oficializa o vínculo, só foi feito depois daquela reunião. O encontro aconteceu em 2 de setembro, mas o jovem já tinha assinado um contrato em 27 de agosto, sendo registrado na CBF no dia 4 de setembro.
O segundo documento de acusação se refere à contratação de um atleta que havia sido avaliado e aprovado pelo Santos e viria do Vasco. Esse jogador chegou a se mudar para a Baixada Santista, mas, segundo o relatório, a chegada dele ao Peixe foi barrada por Daniel Alves de uma forma considerada autoritária.
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