Câmeras de segurança registraram o momento em que o agressor aguardava a jovem, que foi levada para uma casa em Santos
Alanis Ribeiro Publicado em 15/01/2025, às 10h49
A jovem, de 14 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi abusada por um homem que conheceu pela internet, após sair de casa sem informar sua mãe, no dia 8 de dezembro, em São Vicente. A mãe da vítima, que decidiu permanecer anônima, clama por justiça e expressa sua indignação diante da inércia das autoridades.
A mãe relatou que a adolescente não possui malícia e costuma ser afetuosa, o que a torna vulnerável a situações perigosas. "Ela é carinhosa, abraça e beija as pessoas sem pensar duas vezes. Agora, após o ocorrido, ela não permite mais que ninguém se aproxime", lamentou a técnica de enfermagem, de 42 anos, ao g1.
Conforme o boletim de ocorrência registrado, no dia 8 de dezembro, o suspeito buscou a jovem em sua residência no bairro Catiapoã sob a promessa de levá-la para um lanche. Infelizmente, enquanto sua mãe estava no banho, a adolescente deixou o apartamento e entrou no veículo do homem.
Câmeras de segurança da área registraram o momento em que o agressor aguardava a jovem dentro do carro. Segundo relatos da mãe, após ser levada para uma casa em Santos, a menina foi submetida a uma série de abusos e agressões físicas. Ela tentou resistir, pedindo ao homem que parasse e afirmando estar sendo machucada, mas ele reagiu com violência verbal e física.
A técnica de enfermagem descreveu ainda que o agressor tentou forçar a adolescente a sair do imóvel despida, mas ela conseguiu se vestir antes de ser lançada à força no carro e abandonada em uma avenida à beira da praia.
Após conseguir acesso ao celular após ser deixada sozinha, a jovem conseguiu pedir ajuda a um taxista que a levou para casa. EM seguida, imediatamente, sua mãe levou-a à delegacia para registrar o boletim de ocorrência. Posteriormente, a adolescente recebeu atendimento médico para prevenir infecções e passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).
A família se mobilizou para coletar informações sobre o suspeito através do número pelo qual ele mantinha contato com a vítima. Com essas informações em mãos, os familiares acionaram um advogado e entregaram os dados à Polícia Civil. No entanto, segundo relatos da mãe, até o presente momento, o suspeito não foi convocado para prestar depoimento.
Ela expressou sua revolta com a situação: "É inaceitável que ele ainda não tenha sido chamado para se explicar. O IML informou que levaria até 15 dias para o laudo ficar pronto, mas esse prazo já expirou", disse a mãe indignada.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que as investigações estão sob sigilo e sendo conduzidas pela Polícia Civil de Santos. Em nota oficial, informaram que diligências estão em andamento para elucidar os fatos e ressaltaram que detalhes específicos não podem ser divulgados devido à natureza sensível do caso e à idade da vítima.
A mãe da adolescente destacou também que sua filha teve acesso ao celular há menos de um ano como parte do tratamento psicológico que recebe. "Era apenas para se comunicar com o terapeuta dela", concluiu.
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