PESQUISA

Cidade da Baixada Santista ocupada 3ºlugar no ranking com mais pessoas em situação de rua; saiba qual é

Relatório recente do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), ligado ao Governo Federal

Santos ocupa a terceira posição entre as cidades do estado de São Paulo com maior número de pessoas em situação de rua - Imagem: Reprodução/Paulo Pinto/Agência Brasil
Santos ocupa a terceira posição entre as cidades do estado de São Paulo com maior número de pessoas em situação de rua - Imagem: Reprodução/Paulo Pinto/Agência Brasil

Alanis Ribeiro Publicado em 12/11/2024, às 12h24


Um relatório recente do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), ligado ao Governo Federal, revelou que Santos ocupa a terceira posição entre as cidades do estado de São Paulo com maior número de pessoas em situação de rua.

O estudo, fundamentado em dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) até julho de 2023, registrou 1.395 indivíduos vivendo nessas condições em Santos, correspondendo a 0,284% da população local. Somente São Paulo e Campinas apresentam números superiores.

A administração municipal de Santos atribui esses números à sua função de acolher demandas regionais, incluindo a assistência a pessoas em condições de vulnerabilidade social. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) destacou a repatriação qualificada de 324 pessoas para suas cidades natais como parte das iniciativas locais. Além disso, houve um investimento significativo de R$ 2,5 milhões em 2023 para ampliar a frota da Seds e dobrar a capacidade de atendimento com a contratação de 80 novos profissionais.

Outras cidades da Baixada Santista também enfrentam desafios similares. Em São Vicente, com 759 pessoas em situação de rua (0,199% da população), a prefeitura está implementando programas específicos e políticas públicas para enfrentar essa questão. O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) é uma peça-chave nesse esforço, oferecendo suporte social e psicossocial, além de encaminhamentos para serviços adicionais.

Praia Grande registra 485 pessoas vivendo nas ruas, o que equivale a 0,132% da sua população. A prefeitura local enfatiza os serviços prestados pelo Centro POP, incluindo abordagens sociais e abrigos temporários. O principal desafio mencionado é a resistência dos indivíduos em seguir as normas estabelecidas pelos centros de apoio.

No Guarujá, onde há 358 pessoas nessa situação (0,102% da população), a abordagem social é diária e inclui encaminhamentos para o Centro POP para alimentação e assistência básica. Itanhaém contabiliza 224 indivíduos em situação semelhante, representando 0,207% da população, e também depende do Centro POP para fornecer serviços essenciais.

Em Cubatão, com 195 pessoas em situação de rua (0,150% da população), a Secretaria de Assistência Social realiza abordagens constantes e oferece acompanhamento territorial. A cidade dispõe de dois abrigos e um Centro POP para auxiliar na gestão desse problema.

Por fim, Bertioga relata ter 141 pessoas vivendo nas ruas. A prefeitura informou que oferece acolhimento integral, incluindo alimentação e cuidados pessoais básicos.