Igor Peretto

Comerciante morto por triângulo amoroso sofreu 40 facadas

A brutalidade das facadas foi tanta que se tivesse sobrevivido teria acabado paraplégico

Comerciante morto por triângulo amoroso sofreu 40 facadas - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais/ Polícia Civil
Comerciante morto por triângulo amoroso sofreu 40 facadas - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais/ Polícia Civil

Maria Clara Campanini Publicado em 05/11/2024, às 12h13


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou denúncia contra Rafaela Costa, viúva do comerciante Igor Peretto; Marcelly Peretto, irmã da vítima; e Mario Vitorino, sócio e cunhado de Igor, pelo assassinato ocorrido no apartamento de Marcelly em Praia Grande, litoral de São Paulo. O caso, descrito como "chocante e violento" pela promotora Roberta Bená Perez Fernandez, aponta que a vítima sofreu cerca de 40 facadas.

Conforme as investigações conduzidas pelo MP-SP, o homicídio foi premeditado devido a um triângulo amoroso entre os acusados. A motivação do crime seria a eliminação de Igor, considerado um obstáculo para o relacionamento entre Rafaela, Marcelly e Mario. Documentos judiciais indicam que a morte traria benefícios financeiros aos acusados, como a herança para Rafaela e a possibilidade de Mario assumir a liderança da loja de motos compartilhada com Igor.

O laudo pericial revelou que uma das facadas teria deixado Igor tetraplégico caso ele tivesse sobrevivido. A promotora destacou que o crime foi planejado minuciosamente, inclusive com pesquisas sobre quanto tempo um corpo demora para se decompor.

Durante o inquérito, a promotoria afirmou ter "convicção" da participação dos três denunciados na execução do plano mortal. Embora Rafaela tenha deixado o local antes do homicídio, ela teria desempenhado papel fundamental em atrair Igor ao apartamento.

Os advogados dos acusados contestaram as alegações do MP-SP. Marcelo Cruz, defensor de Rafaela, argumentou que as acusações são infundadas e baseadas em especulações. Leandro Weissmann, advogado de Marcelly, sustentou que não há provas de benefício financeiro ou envolvimento em triângulo amoroso por parte de sua cliente. Mário Badures, representante de Mario Vitorino, declarou que seu cliente agiu em legítima defesa durante uma briga com Igor.

A prisão preventiva dos três acusados foi mantida após decisão judicial fundamentada na gravidade dos fatos apurados. O advogado da família da vítima considerou a detenção um alívio para os familiares em meio à tragédia.

A investigação prossegue enquanto os advogados das partes envolvidas aguardam novas deliberações judiciais. O caso segue repercutindo na sociedade pela brutalidade e complexidade dos laços interpessoais entre os envolvidos.