Defesa de Collor tentou anular a condenação, mas o STF rejeitou os recursos
Karina Faleiros Publicado em 25/04/2025, às 11h38
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi detido na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após ter sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão se baseia em uma condenação de 2023, na qual Collor recebeu pena de 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A detenção ocorreu por volta das 4h da manhã, quando Collor estava a caminho de Brasília para cumprir voluntariamente a ordem judicial. Segundo a defesa, o ex-presidente está sob custódia na Superintendência da Polícia Federal em Maceió.
O processo contra Collor teve origem na Operação Lava Jato. Ele foi denunciado em 2015 pela Procuradoria-Geral da República, e o julgamento no STF resultou na condenação por envolvimento em um esquema de pagamento de propina de R$ 20 milhões.
O valor teria sido pago pela empresa UTC Engenharia em troca de benefícios em contratos com a BR Distribuidora (atualmente Vibra Energia), subsidiária da Petrobras. A denúncia também aponta que o ex-senador teria atuado na indicação de nomes para cargos estratégicos na estatal, com os repasses ocorrendo entre 2010 e 2014.
Mesmo após diversas tentativas da defesa de reduzir a pena ou anular a condenação, o STF considerou que os recursos apresentados apenas repetiam argumentos anteriores, com caráter protelatório.
A prisão marca mais um capítulo na trajetória de Collor, que já havia deixado o cargo de presidente em 1992 após um processo de impeachment por envolvimento em escândalos de corrupção. Mais de três décadas depois, ele volta ao centro das atenções, agora cumprindo pena por crimes investigados no maior esquema de corrupção já revelado no país.
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