O projeto é voltado aos estudantes com deficiência intelectual com mais dificuldade no processo de alfabetização
Karina Faleiros Publicado em 04/08/2023, às 16h50
Nesta semana, a Prefeitura de Guarujá lançou a ‘Sala de Transição’, um projeto piloto da rede municipal de ensino para ofertar acompanhamento personalizado aos estudantes com deficiência que ainda não estão alfabetizados.
Segundo informações do BS9, o investimento faz parte das políticas públicas para garantir o acesso de todos à educação, e a proposta foi desenvolvida na Escola Municipal Franklin Delano Roosevelt, no Jardim Boa Esperança, em Vicente de Carvalho.
As atividades se iniciaram com nove alunos pré-selecionados, e o foco é direcionado aos estudantes com deficiência intelectual que mais tem dificuldade no processo de alfabetização.
Cada aluno têm atendimento individualizado com três especialistas, além de uma profissional de apoio. As crianças estão tendo a oportunidade de avançar em Língua Portuguesa e Matemática, explorando as inteligências múltiplas, como habilidades visuais, sensoriais, corporais, entre outras, incluindo jogos, música e muito mais.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Seduc), responsável pelo planejamento pedagógico de mais de 34 mil estudantes, a estratégia inovadora visa que todos absorvam o conteúdo ministrado em classe sem interferir na socialização. Para que o objetivo seja alcançado, quem passar pela ‘Sala de Transição’ diariamente também terá duas horas de aula regular para acompanhar as demais disciplinas, além do recreio, junto de todos os colegas.
A ‘Sala de Transição’ foi projetada exclusivamente para a alfabetização de até 12 estudantes com deficiência intelectual, possuindo diversas cores, jogos e interações para fortalecer a troca de forma lúdica, entre professor e aluno, nessa que é uma das etapas mais importantes da Primeira Infância.
O pequeno Angelo Miguel, de 10 anos, que possui deficiência auditiva, mostra o avanço em Matemática. “Nessa lição tem muitos cachorrinhos diferentes. Uma família tem quatro, outra 12 e assim vai. Aqui também aprendo a fazer libras, ser legal e comer direitinho”, comemora o garotinho.
A Andressa Vitória, de 9 anos, conta que gostou bastante do novo espaço. “A tia Anélia me ajudou com os jogos das vogais e já aprendi até a ler algumas palavras novas, como avião, banana, cachorro, dado e escova”, citou a aluna.
Os profissionais que atendem os estudantes pré-selecionados, destacam que os pais e responsáveis aprovaram o projeto por unanimidade. Uma reunião marcou a apresentação da proposta, onde dúvidas e sugestões puderam ser compartilhadas.
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