Hospital Ariano Suassuna é o primeiro da rede privada a integrar novo modelo do Ministério da Saúde
Marina Milani Publicado em 16/08/2025, às 11h14
O Hospital Ariano Suassuna, da operadora Hapvida NotreDame Intermédica, começou a receber nesta semana pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Recife. A unidade é a primeira do país a participar do programa federal Agora Tem Especialistas, lançado pelo Ministério da Saúde para reduzir filas e ampliar a oferta de atendimentos especializados.
O modelo inédito permite que operadoras de planos de saúde quitem dívidas de ressarcimento ao SUS oferecendo consultas, exames e cirurgias diretamente à população. Só em 2025, a expectativa é de que até R$ 1,3 bilhão em débitos sejam convertidos em serviços médicos.
Na capital pernambucana, os primeiros atendimentos já foram realizados no hospital da Hapvida. Entre eles, cirurgias ortopédicas, procedimentos de vesícula e exames de imagem. A paciente Marilete Augusto Valério Santos, 67 anos, foi uma das beneficiadas. Após três meses de espera, conseguiu marcar uma ressonância magnética para investigar dores no quadril. “Aceitei na hora quando me avisaram que poderia fazer o exame agora”, contou.
Com a entrada da Hapvida no projeto, o governo federal pretende mostrar como a infraestrutura da rede privada pode se somar ao sistema público, garantindo rapidez no atendimento de casos de média e alta complexidade. A prioridade inicial do programa está em seis áreas: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
“É um marco histórico. Pacientes do SUS estão sendo atendidos em hospitais privados de planos de saúde, sem custo adicional para a rede pública”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita ao hospital.
Além da parceria com a Hapvida, o estado de Pernambuco também receberá investimentos voltados ao tratamento oncológico. O Hospital Português de Beneficência terá R$ 15,3 milhões para ampliar o setor de radioterapia, incluindo a instalação de um segundo acelerador linear. Outros repasses, somando R$ 5 milhões, reforçarão o custeio e os serviços de média e alta complexidade.
Com o novo formato, especialistas avaliam que a presença de grandes grupos privados, como a Hapvida, poderá acelerar diagnósticos e reduzir filas em áreas críticas do SUS, ao mesmo tempo em que garante a quitação de dívidas históricas das operadoras com o sistema público.
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