Justiça

Motorista que matou motociclista após atravessar farol vermelho está com tornozeleira eletrônica

O motorista foi intimado pela justiça e terá que usar o dispositivo de restramento

Motorista que matou motociclista após atravessar farol vermelho está com tornozeleira eletrônica - Imagem: Reprodução/ g1/ Redes Sociais
Motorista que matou motociclista após atravessar farol vermelho está com tornozeleira eletrônica - Imagem: Reprodução/ g1/ Redes Sociais

Maria Clara Campanini Publicado em 27/11/2024, às 15h49


O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que João Pedro Donatone, de 19 anos, compareça ao fórum para instalação de tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada em decorrência do acidente ocorrido no dia 19 de outubro, no bairro Embaré, em Santos (SP), quando o jovem avançou um sinal vermelho e colidiu com a motocicleta conduzida por Caetano Ribeiro Aurungo, de 21 anos, que faleceu no local.

João Pedro, inicialmente detido em flagrante, foi liberado após audiência de custódia sob condição de fiança. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia por homicídio e solicitou o uso do dispositivo eletrônico para monitoramento do acusado enquanto o processo estiver em curso. A acusação foi aceita pelo juiz Alexandre Betini, que também suspendeu a habilitação do motorista até o julgamento.

A defesa da vítima comemorou a decisão judicial. Marcelo Cruz e Matheus Miranda, advogados da família de Caetano, afirmaram estar atentos ao desenrolar do caso e alertaram que qualquer descumprimento das ordens judiciais poderá agravar a situação do réu.

O acidente foi classificado como homicídio culposo pela Polícia Civil, mas imagens de câmeras de segurança alteraram a tipificação para homicídio qualificado com dolo eventual, sugerindo que João Pedro assumiu o risco ao dirigir sob influência de álcool e desrespeitar a sinalização. Testemunhas relataram que o motorista tentou fugir após a colisão.

Vanda Freire Aurungo, avó e guardiã de Caetano, prometeu acompanhar as investigações para assegurar justiça ao neto. O jovem, estudante de Engenharia da Computação na Universidade Santa Cecília e descrito como tranquilo e caseiro por sua avó, morava com os avós paternos e seus dois irmãos mais novos.

A defesa de João Pedro contesta as acusações e argumenta que algumas diligências ainda estão pendentes. Até o momento da publicação desta reportagem, os advogados do motorista não haviam se pronunciado oficialmente sobre o caso.